Activistas angolanos prometem lutar para honrar a memória de Raúl Danda
A nossa equipa de reportagem, efectuou ontem, 14, uma conversa com vários activistas sociais para saber deles do papel do Político Raúl Danda na defesa do bem-estar social e no respeito dos Direitos Humanos.
Por Isidro Kangandjo
Activista Albano Bingo-Bingo, considera Raúl Danda como sendo um verdadeiro patriota, um político que conseguia enxergar os problemas de Angola com realismo, defendia um consenso comum para dar a solução dos problemas de Angola não só no parlamento, mas também nas suas acções sociais e partidária.
“Para honrar com a sua memória, eu quero ser um grande defensor dos princípios do primarismo. O defensor do primarismo é aquele que põe Angola em primeiro lugar, depois é que vem os pequenos grupos partidários. Raul Danda foi um grande defensor do princípios do PRIMERISMO. Ele tinha Angola em primeiro lugar depois é que vinha o seu grupo partidário”, disse o activista Abano Bingo-Bingo.
Kaculo Kabaça, um dos realizadores das manifestações em Angola e líder do PIK, fez saber ao Factos Diários que, enquanto activista, tem a sua agenda própria para eternizar os patriotas deste país.
“É sempre passar o legado deste aos mais novos, para que, de certa forma, consigam entender a importância de ser vertical e resistente num país que afunila todos quantos queiram ver o país no seu devido lugar”, disse.
Jaime MC, activista e músico de intervenção social que, por sinal, foi um dos integrantes da música que homenageia o Político Danda, fez saber ao FD que a morte de Raúl Danda é um soco no estomago da democracia, da pluralidade politica e acima de tudo da luta pela mudança.
“Soube honrar o seu e o nome dos seus antecessores e, da mesma forma, que a nossa geração deve fazer para deixar um pais minimamente diferente do que encontramos. O que me motivou a escrever a musica em HOMENAGEM RAUL, foi o facto de eu encontrar na música espaço para chorar e tatuar os feitos daquele que deu a sua vida pelo povo de cabinda e dos angolanos no geral”, disse.
Para o activista considerado como radical e representante do Movimento Revolucionário da província do Bengo, entende que a única forma que tem de honrar a vida e obra de Danda, é lutar pela alternância politica que durante anos procurou dar aos angolanos.
“como activista, penso continuar em pé e de cabeça erguida a lutar pelos direitos dos menos equipados, colocando Angola e os angolanos no topo das preocupações. Mais vale morrer lutando duque viver amordaçado por um regime que desde 1975 só nos tem deixado descontentes”, rematou.
Dito Dali, o activista do momento preso político em 2015, considera Raúl Danda como sendo um político completo e uma raridade em termos de conhecimentos e sabedoria. Dito Dali, chama o malogrado de uma bomba injetora da Assembleia Nacional, por ser um dos Deputados que fazia andar os debates naquela casa das leis.
“Muitas gente se interessava em acompanhar as sessões parlamentares da Assembleia Nacional por causa do Raúl Danda e o Makuta Nkondo. A sua partida deixa o parlamento angolano moribundo e sem atração em termos de produção de ideias e vias de soluções que lhe era peculiar. Perdemos um pai e um ser humano incrível. Ele inspirou um exército de seguidores que o admiravam e não sei se teremos uma réplica de Danda em pouco tempo depois da sua partida prematura”, disse.
Dito Dali, avança ainda que, “enquanto Activista pelos Direitos Humanos, irei honrar o seu legado porque ele sempre desejou ver o MPLA na oposição e é isso que temos vindo a fazer ao longo desses anos. Acredito piamente que a nossa geração não falhará e tudo faremos para colocarmos o MPLA na oposição. Só assim conseguiremos honrar melhor a memória e as lutas que o Deputado Raúl Danda travou em vida”, rematou.
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