Académico lamenta crise do sistema judicial português marcada por tráfico de influência e corrupção

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A cada dia que passa surgem novos actores a denunciarem o nível de “podridão” que se encontra à justiça portuguesa. Aos poucos, “o rei vai ficando nú”. Ou seja, as cubas vão sendo destapadas, trazendo à tona a crise do sistema judicial em Portugal.


Num artigo de opinião, publicado, neste sábado (08.06), pelo Jornal “O Público”, o professor José Pacheco Pereira faz uma analogia a “politização” que está a ser feita sobre o chamado “caso das gémeas”. Para o político português, o tratamento que está a ser dado ao caso “mostra, sem margem para dúvidas, como responsáveis do Ministério Público não se coíbem de mostrar poder. De facto, trata-se de uma mera exibição de poder; na verdade, mais do que isso, uma demonstração de poder político que tem pouco que ver com a justiça”.

Na visão do antigo deputado do PSD, há uma agenda de uma determinada elite portuguesa, que de forma selectiva, calculista e letal escolhem a dedo os “alvos a bater”, em determinados contextos.

José Pacheco Pereira lamenta o facto que caracteriza de “o justicialismo, a forma de abuso de poder no aparelho de justiça, comunica directamente com o populismo, a jusante e a montante.
Isto é bem evidente”.

O articulista denúncia, sem filtro, outros casos “mal resolvidos” ou encalhados nos tribunais, o que classifica de fantochada jurídica, alimentada por cunhas e corrupção. “Há literalmente milhares de cunhas a homens poderosos e com influência, que tentaram ultrapassar a burocracia e os pequenos poderes a favor de pedidos justos. É mau, é indício de uma grande disfunção na administração pública, presta-se a tráfico de influência e a corrupção? Sem dúvida, mas estamos em Portugal, não estamos?”, frisou.

Desse modo, começa a ganhar corpo a teoria de conspiração em torno da tentativa de “assassinato de carácter” do empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho (AS), que chegou acusar Portugal de racismo e colonialismo.

Os factos apresentados pelo académico português, demonstram que o Ministério Público e os partidos da Esquerda, com suporte da “mídia instrumentalizada”, que recebe de bandeja as ditas “fugas de informação”, tem liderado a campanha de diabolização de AS.

A perseguição sem tréguas que está a ser vítima o empresário angolano em Portugal, pode servir de motivo para estampar a letras de ouro no edifício da Procuradoria de Portugal, “Aqui praticam-se abusos de poder sem lei e razão contra a democracia”, como diz o, também, renomeado comentador da CNN Portugal, José Pacheco Pereira.

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