OPINIÃO

Almeida Marques


Quis a ironia do destino colocar como farinha do mesmo saco ou seja no mesmo mês o dia da paz e dia da juventude angolana que já foi apelidada de frustrada e como as palavras têm poder não só a juventude caiu na frustração mas também este surto atingiu todos nós famintos atrás do restos no contentor de lixo onde fomos atirados, sem dó dos Santos nem piedade dos mais abastados, agastados muitos comparam os tempos…enfatizando mesmo que na paz vivia-se bem melhor.


Calaram-se as armas mas ouve-se o grito de desespero da lombriga da fome que não espera o amanhecer e que invade as novas unidades sanitárias de milhões de kwanzas investidos no atendimento de urgência com o diagnóstico de má nutrição de milhares de crianças e adultos que só têm uma opção, nada para comer em pleno tempo de paz.

E o que se pode dizer da juventude dividida em cores partidárias no seu mês, uma juventude cega quando chega ao poder uma juventude que oprime outros jovens com visão contrária e recorrendo mesmo na tala vendida no mercado para “ fatigar” o outro, estamos desunidos ninguém quer pensar Angola, todos querem engordar as contas bancárias de forma ilícita e imediata, resultando na falta de amor ao próximo.


Nunca estivemos tão mal em termos de identidade e rumo…precisamos reflectir profundamente o que de facto queremos porque realmente, falta-nos tudo deste a identidade até a bendita PAZ & JUSTIÇA SOCIAL.

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