A CONTÍNUA RUÍNA POLÍTICA E SOCIAL DOS MALANJINOS E DE MALANJE
Apesar dos tempos que se creem modernos e mesmo tendo decorridos muitos anos, infelizmente continua até agora a ruína não por incompetência, mas por motivos inconfessos, injustiças, intrigas, calúnias, difamação e pura maldade sobre os quadros proeminentes, vozes incontestáveis em Malanje, defensores dos interesses não somente dos malanjinos mas de todos angolanos, facto este demonstrado em várias ocasiões e situações em que se viram confrontados por realidades adversas, lhes foi dada voz e poder de executar as suas missões, sobretudo aqueles que fizeram parte do aparelho governativo do Estado Angolano e mesmo ao nível do MPLA.
É nesta senda que se podem citar alguns nomes conhecidos a nível nacional e local, pelo seu destaque e empenho em prol da pátria acima de tudo, foram ostracizados, outros até relegados ao ostracismo e precariedade de forma cronológica.Inácio Matos Cardoso “IMACA” Por ter dado cara e com a coragem que se empunham no 2º Congresso Ordinário do MPLA no ano de 1985 dizendo as verdades, a realidade, as traições e pátria e a corrupção na altura já instalada, principalmente por ter apontado Ludy Kissassunda com participe activo, foi simplesmente afastado, relegado ao anonimato e ao ostracismo.
MANUEL ALEXANDRE DUARTE RODRIGUES “KITO”
Gozava de forte prestigio interno e externo. O falecido Presidente de Moçambique, Samora Machel tinha simpatia por ele e a dada altura os americanos acreditavam que ele era a figura que poderia um dia endireitar Angola. O seu poder terminou em 1989 na altura como Ministro do Interior na sequencia de uma cabala montada pelo então Coronel Zé Maria que o acusara de tentativa de um suposto “golpe de Estado” contra o Presidente José Eduardo dos Santos. Foi um dos poucos, dentro do movimento nacionalista que não aceitou dar continuidade aos estudos no estrangeiro para continuar a lutar com armas na mão contra o colonialismo português.
Tony MartaServidor público zeloso, participe activo e decisivo em vários momentos críticos no tempo do conflito armado, prestando-se aos serviços, missões e batalhas em prol da segurança do Estado e da nação, foi também vítima de cabalas e intrigas, hoje infelizmente vive apenas da sua pensão.
MANUEL DOMINGOS GINGA
Um quadro formado pela Igreja Católica, político, académico e ideologicamente bem preparado, com uma trajectória política invejável no MPLA desde a Assembleia do Povo no tempo do partido, único dando seguimento como Deputado da Assembleia Nacional em todas as legislaturas, no mesmo período foi também sempre membro do Comité Central e do Bureau Político, fruto de uma cabala ardilosa foi também afastado de todos os cargos que exercia e compulsivamente da vida política, vive actualmente na sua modesta fazenda e albergaria em Malanje.
SALOMÃO XIRIMBIMBI
Antigo ministro das Finanças (1987) e das Pescas, ex-governador do Namibe, Presidente da Bancada Parlamentar 2017-2022 e membro do BP do MPLA, ocupando a pasta de Secretário para a Política Económica foi também afastado das lides e funções que exercia no seu partido por uma cabala urdida por Manuel Nunes Júnior (actual Governador de Benguela), seu arquirrival em termos de políticas económicas, que apesar de o derrubar, quando assumiu o seu cargo no Partido e depois o de Ministro de Estado da Coordenação Económica foi o maior causador da pior desgraça económica e social que vivemos até hoje a nível dos preços dos produtos da cesta básica, escassez de divisas, desemprego e salários miseráveis que não valem nada, por causa das suas políticas económicas falhadas e que nunca em momento algum deram certo.
JOÃO MANUEL BERNARDO
Educador nato e homem de consensos, dentre outros cargos, foi Ministro da Educação, Embaixador de Angola na República da China, membro activo do CC do MPLA até ser afastado e esquecido em 2017.
MONTEIRO PINTO KAPUNGA (FINADO) E ALFREDO JUNQUEIRA DALA
Ambos antes e já na altura como deputados e membros do CC MPLA pelo círculo provincial de Malanje e acérrimos defensores dos direitos dos seus constituintes, verdadeiros fiscalizadores das actividades do Governo, transmitindo constantemente as preocupações, desejos e anseios do seu povo.
Kapunga como empresário era dos maiores empregadores no sector privado da sua terra, fruto da sua atitude defensora e irredutível nas suas convicções da favor do seu povo, ambos sofreram as agruras e cabalas montadas por Kwata Kanawa, na altura Governador de Malanje, o que lhes valeu a retirada como membros do CC e concumitantemente deputados pelo círculo provincial, apostando a seguir o mesmo carrasco em João Diogo Gaspar “Jodgás” (actual Governador do Kwanza Norte), seu testa de ferro, um ilustre desconhecido nas lides políticas para a sua ascenção ao CC e ao BP do MPLA, fruto da sua proximidade e compadrio com o PR João Lourenço.
Eugénio César Laborinho é por demais conhecido o seu apego as causas sociais, frontalidade, defesa e intransigência na defesa da causa nacional e não somente dos malanjinos, grande cabo eleitoral, “pai e irmão das suas tropas”, patriota acima de tudo, foi o que mais se bateu contra a divisão de Malanje em duas províncias. Sendo ele um exemplo recente das maquiavélicas de alguns “iluminados”, é membro do Bureau Político do MPLA e Ministro do Interior cessante, em relação a ele, para distrair os mais incautos sobre os verdadeiros motivos da sua exoneração, foram sendo inventadas de algum tempo para cá (ou melhor desde que assumiu o cargo no MININT), calúnias e difamação a seu respeito, primeiro o tal de Man Genas sobre o suposto envolvimento tráfico de drogas (até agora o Man Genas não conseguiu provar nada, se diz ter as provas que tem, que as apresente, senão a esta hora já teria deixado de ver o sol aos quadradinhos), a Lei existe não basta caluniar e difamar, tanto quanto nos devemos lembrar o mesmo em algum momento nas suas famosas “lives” apresentou qualquer prova documental.
Agora vêm com a “estória” da suposta associação ao contrabando de combustível, sinceramente, é muito fácil caluniar, difamar, porque algumas destas pessoas se esquecem que dada a proximidade ao PR e ao cargo que ocupava o mesmo sempre foi um alvo a abater, infelizmente conseguiram o afastar sem culpa formada e de forma injusta. O problema do tráfico do combustível está na própria Sonangol que enche os camiões de acordo com os destinos, não se pode admitir que depois de Luanda (pág. 53, 2022 e pág. 61, 2023 com 55%) como primeiro destino e consumo nacional de combustíveis constem no Relatório e Contas da Sonangol de 2022 (pág, 53 – link :
https://www.sonangol.co.ao/relatorio-anual-e-contas-2022/ (https://www.sonangol.co.ao/relatorio-anual-e-contas-2022/) ) a província de Cabinda 7%, Zaire 6%, Relatório e Contas da Sonangol 2023 (pág. 61 – link https://www.sonangol.co.ao/relatorio-anual-e-contas-2023-2/ (https://www.sonangol.co.ao/relatorio-anual-e-contas-2023-2/)), Cabinda 6%.
Zaire 6%, constando sempre como a segunda e terceira que mais consomem combustíveis, somente depois encontramos Benguela, Huíla e Huambo províncias mais densamente povoadas e com certeza com maior consumo pelo maior parque automóvel, fazendas agrícolas e até motociclos. Para consulta dos Relatórios e Contas dos anos anteriores e dar-se-á conta que isto acontece a muitos anos,
link : https://www.sonangol.co.ao/relatorio-contas/ (https://www.sonangol.co.ao/relatorio-contas/) .
Quem quer que seja que sujou o nome do mais velho Laborinho, deveria sim perguntar a Sonangol porquê que canaliza tanto combustível para duas províncias depois de Luanda, que têm menos carros e inclusive menos bombas de combustíveis, porque a Sonangol é que decide a distribuição e define as quantidades por província.
Toda esta guerra sem quartel as figuras de proa de Malanje e principalmente as que estão ou estiveram no Governo ou no MPLA em lugares de destaque, com algum poder de influenciar positivamente nas decisões e bem estar dos malanjinos e não só, percebe-se que a pretenção desde a muito tempo acima de tudo, é manter Malanje como uma província rural desde os tempos idos, sem futuro e acima de tudo sem sequer energia eléctrica mesmo tendo duas das maiores barragens hidroeléctricas (Capanda e Laúca) apenas possui energia eléctrica em 4 dos 14 municípios, quando abastece a partir de Laúca, provincias como o Huambo, Kwanza Sul, Uíge, Zaire e até a Huíla.
Na própria cidade de Malanje, só para citar alguns dos exemplos, existem zonas urbanizadas como caso das 500 casas em que foram retirados os PT´s, deixando sem energia a mesma circunscrição aumentando o nível de criminalidade e aumento de custos com os geradores, para além dos maus acessos a nível de estradas terciárias, inclusive para uma urbanização em que estão alojados maioritariamente funcionários séniores do próprio Governo da Província e o pior de tudo é que os projectos são submetidos pelo OGE da província mas as verbas propositadamente nunca são alocadas para o efeito.
Malanje diferente de províncias como o Huambo que já tem três centralidades (Huambo, Caála e Bailundo), começou a construção da sua centralidade antes de 2017 mas até agora possui apenas 14 edifícios inacabados sem acesso por estrada asfaltada, sem energia e sem ligação a rede de água por simples capricho dos mesmos que conspiram contra esta província berço e bastião do MPLA.
Se o MPLA continuar a permitir que a má alocação de verbas para os projectos de estradas, energia e águas, bem como que as figuras acima citadas, outros proeminentes filhos e cabos eleitorais de gema continuem a ser afastados por causa de cabalas, intrigas, calúnias, difamação e acima de tudo injustiçados, terá um desastre eleitoral Malanje, em que em vez de ganhar novamente 3 – 2 conforme em 2022, poderá o MPLA perder no mínimo 4 – 1 para a oposição, porque não terá o próprio MPLA ninguém com aceitação que poderá dar a cara, mobilizar os malanjinos e por conseguinte caçar votos pra sí para manter os resultados de 2022 e quiçá ainda sonhar com o retorno aos 5 – 0 conforme sempre foi antes.
ALEXANDRE MANUEL LUÍS PARA O LIL PASTA NEWS