Sobre peixeira milionária, Sra. Boneca e irmã de Laborinho. Como Malanje se tornou parte da prostituição financeira?

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Depois de se ter divulgado informações em volta da peixeira milionária, para muitos a encarnação de Major Lussaty no género feminino, informações de fontes oficias do Factos Diários, revelou ontem, 14 de Junho que a senhora Domingas Engrácia Chicala Rodrigues, mais conhecida por Mimi, que golpeou o Banco de Poupança e Crédito-BPC com mais de mil milhões de kwanzas não está sozinha.


Por Isidro Kangandjo

QUEM É DOMINGAS ENGRÁCIA CHICALA RODRIGUES, “MIMI”

Esta senhora que poderá pagar os pecados de vários políticos e deputados do MPLA, todos no activo no governo de João Lourenço, é mulher de Luís Xirimbimbi, irmão do Ex. Ministro das Finanças Salomão Xirimbimbi. Através desta figura do MPLA, a senhora em causa e o marido encontram uma oportunidade de entrar na máfia liderada, na altura, por senhora Ilda Maria Elias Silva Boneca, na altura nas vestes de directora da região Norte do BPC.

Conseguida a oportunidade que resultaram no desfalque de milhões e milhões de kwanzas, o irmão de Salomão Xirimbimbi e a sua esposa, fugiram para o Brasil e montaram uma empresa de transportes. Passado alguns anos, a empresa faliu e começaram a chegar às dívidas e regressaram para o país.

“se tudo estivesse a correr bem lá no Brasil, a senhora Mimi não seria apanhada. Foram os problemas demasiados que os fez regressar. Já não tinham como aguentar, o primeiro a regressar foi o marido que preferiu ficar com a mãe na fazenda em Kalandula e, com passar do tempo, a senhora regressa”, disse a nossa fonte.

ILDA MARIA ELIAS SILVA BONECA, HISTÓRIA DE PEIXEIRAS E A DISTRIBUIÇÃO DE CRÉDITO MILIONÁRIO SEM GARANTIAS

Entre o ano de 2012 a 2013, a agência central do Banco Poupança e Crédito (BPC) na província de Malanje, sofreu um arrombo financeiro de cerca de 497 milhões de kwanzas.  Segundo uma fonte a que o Club-K teve acesso em 2020, a directora Ilda Silva Boneco, “concedia também créditos as peixeiras de Malanje sem documentos, ela fazia-se de sócia das peixeiras concedendo milhões de kwanzas que ela transaccionava nas contas destas peixeiras”

“Depois de uma auditoria na agência foram encontrados, também, um desfalque na casa forte mais de 400 milhões de kwanza em papéis em facturas falsas dando como saída de dinheiros para pagamentos de serviços”, que no entender da fonte do Club-K “era o meio mais fácil de sair dinheiro do banco com as assinaturas da directora Ilda da Silva e do ex-subgerente Mauro Fonseca que autorizavam as saídas dos valores”.

DIRECTORA DA REGIÃO NORTE DO BPC E RASTOS APAGAR

De acordo com o portal que estamos a mencionar, em Julho de 2014, a direção do banco em Luanda, despachou, para Malanje, uma equipa de auditoria com o objectivo de apurar a veracidade sobre a existência de crédito mal concedidos sem documentação com valores muito altos. Compulsando os arquivos, os auditores não conseguiram encontrar documentação de suporte.

Na altura, a diretora regional Ilda da Silva “Boneca” estava fora da província. Os auditores entraram em contacto com ela por telefone para saber sobre o paradeiro da documentação relacionada aos créditos e esta respondeu que estavam “guardados na direção”. Depois de algumas horas de pesquisa, foi descoberta que não existiam documentos nenhum até hoje porque os créditos eram dados por via de esquemas e os beneficiários não apresentavam nenhuma garantia ao banco”.

 NOVO GERENTE SOFRE ATENTADO

Segundo constatação, em menos de 6 meses de trabalho em Malanje, o novo gerente Valodia Garcia que andou a descobrir os desfalques tornou-se numa “pedra no pé de sapato” de mãos invisíveis na banca em Malanje. Numa manha, do dia 11 de Setembro 2014 quando eram precisamente 7h30min, dois elementos encapuzados colocaram bala na câmara apontando a pistola na cabeça do gerente do BPC, Valodia Garcia quando este saia de casa. Fizeram-lhe três disparos atingindo a área do abdômen rasgando o fígado e os pâncreas perfurando duas costelas do lado direito com ferimentos graves. O gerente foi levado ao hospital provincial de Malanje para os primeiro socorros na qual foi operado de emergência. No dia 29 de Setembro 2014, o gerente foi evacuado para clínica girassol, em Luanda. Recuperou e devido ao trauma não voltou mais a Malanje.

Neste golpe do banqueiro, foi apanhado e preso na comarca de Malange um cidadão identificado apenas pelo nome de Rick, irmão de Edgar Barros da Fonseca, advogado do MPLA em Malanje que, conta a fonte, ocorridos três meses pediu a soltura e foi em Luanda onde nunca mais regressou.

ILDA SILVA BONECA É LEVADA EM 2017 AO TRIBUNAL E DEIXA A JUSTIÇA MUDA

A antiga directora do Banco de Poupança e Crédito (BPC) para a  região norte,  Ilda Maria Elias Silva “Boneca”, foi ouvida no dia 25 de Outubro de 2017 pela Procuradoria junto ao Tribunal Provincial de Malanje a margem do processo-crime 167/17-C na qual pesam acusações de práticas de peculato no exercício das suas funções bancarias.

Uma fonte nossa que preferiu o anonimato, informou que, no dia de audiência, a senhora Boneca terá apresentado uma lista de políticos do MPLA, muito deles no activo no executivo de João Lourenço, por esta razão, decidiram cancelar o processo até agora.

“Se o processo 167/17-C tivesse pernas para andar, muitos deputados do MPLA, empresários e talvez o senhor Governador Kwata Kananwa estariam enrolados no processo e declarar um estado falido. A senhora Mimi , embora não seja inocente, mas está aí para pagar os pecados de pessoas grandes e daqueles que têm costas largas”, disse.

IRMÃ DO MINISTRO DO INTERIOR NA LISTA DO CRÉDITO SEM GARANTIAS DO BPC

Irmã do Ministro do Interior, General Eugénio César Laborinho, identificada apenas pelo nome de Gina, por sinal quadro de Protecção Civil e Bombeiros naquele espaço nacional, é acusada de ter recebido créditos maus dados que, rapidamente sai do espaço do quintal e hoje é como uma das senhoras que mais empreendimento possui.

 Tudo era negócios da senhora Boneca, nesta lista, consta o nome da senhora Santa que se encontra actualmente em Portugal. A ex. simples peixeira é hoje considerada a dona da maior peixaria em Malanje. A senhora Mimi que levava peixe às Lundas e também vendia em contentores, é apontada de ter criado a sua própria linha junto do BPC que terá lhe gerado milhões e milhões de kwanzas.

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