ANGOLA: Ntoni-A-NZinga pede ao INAR imparcialidade na solução dos problemas religiosos

0

Daniel Ntoni-a-Nzinga Pastor da IEBA desde 1974, Ph.D em Teologia e Estudos Religiosos (University of Leeds, Reino Unido), Bacharel em Antropologia Social (University of Manchester) e B.D. Doutor em Teologia (Institut Supérieur de Théologie de Kinshasa) e antigo Secretário-geral do CICA, foi o convidado do Factos Diários deste sábado para abordar o caso Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Kimbanguista.


Por Isidro Kangandjo

O reverendo, começou por abordar do conflito da Igreja Kimbaguista que dura perto de 20 anos por conta de duas alas que foram montadas.

O líder religioso e também professor de Teologia, fez saber ao Factos Diários que, em 2007, uma equipa composta por Ministério da Cultura disponibilizou bilhete de voo ao líder internacional no sentido de se encontrar a solução e este terá rejeitado.

Olhando na situação actual da Igreja Africana que nasce na República Democrática do Kongo, o entrevistado é de opinião que o Estado tem errado na busca de soluções e, por um lado, culpa a Igreja de não ter capacidade de ultrapassar o conflito.

Apesar do tempo, Nzinga é optimista de que, se todos sentar a mesma mesa, cada um reconhecer as suas falhas, sem o favorecimento dos órgãos do Estado, segundo conta, ainda será possível os irmãos Kimbanguistas orarem todos juntos.

SOBRE O CONFLITO DA IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

Ntoni-a-Nzinga, disse conhecer pouco sobre o conflito da Igreja Universal do Reino de Deus, por aquilo que diz dominar, sugeriu que o Estado Angolano fosse imparcial na busca de soluções e deixar que partes envolvidas encontrem uma solução.

“Estive com o Bispo Edir Macedo em 1987 e, pelo que vi e hoje aprecio, a sua obra e de Deus, cresceu significativamente. Para o nosso país, o conflito deve ser tratado na bênção e Espírito, deixando que as partes envolvidas possam resolver os seus problemas. Não vejo um acompanhamento sério do INAR, por isso, esta instituição deve ser imparcial na resolução dos problemas da Igreja ou das igrejas em conflito”, disse.

NÃO É NECESSÁRIO NOTIFICAR O LÍDER MÁXIMO DA IGREJA UNIVERSAL PARA RESOLVER O PROBLEMA”

Como aconteceu com a Igreja Kimbanguista em 2007 em ter notificado o líder espiritual, o Factos Diários procurou saber a voz da experiência se era necessário o Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos-INAR notificar o líder Fundador Bispo Edir Macedo para se encontrar uma solução, Ntoni-a-Nzinga negou e pede aos grupos divergentes encontrar soluções.

“Não é necessário notificar o líder máximo da Igreja Universal para resolver o problema que existe em Angola. Pelo que eu sei, a Universal tem pessoas capazes, na minha opinião é que o INAR deve ser o mediador e não alguém que dita regras sob pena de cairmos na parcialidade”, disse.

Por um lado, “não atribuem culpas ao Bispo Macedo pelos erros que aqui foram cometidos e Deus não está contente com este conflito”, fim de citação.

SOBRE A RESTITUIÇÃO DOS TEMPLOS

Quanto a retituição dos templos conforme a sentença do Tribunal Dona Ana Joaquina, do dia 30 de Março do ano em curso, o entrevistado evitou detalhar, porém esclarece que os templos pertencem aos fieis e a eles devem os ser dados.

“Se retribui àquele que foi o dono da coisa. Os patrimónios foram construídos com a contribuição dos fiéis e devem ser entregues a eles” disse.

O entrevistado, terminou dizendo que não há erros que não devem ser corrigidos e pede que todas as igrejas em divergências devem sentar a mesma mesa e caminhar todos juntos “para a obra do nosso senhor Jesus Cristo”.

O ano passado, questionado o Bispo Alberto Segundo se o estaria disposto em dialogar, o mesmo respondeu:”Quando alguém se rebela tem todo o direito de sair da instituição e fundar a sua. Agora se rebelar e querer tomar a liderança a força e depois espalhar a narrativa de reconciliação sem reconhecer a autoridade de quem fundou a instituição, isso é uma autêntica hipocrisia”.

por um lado, “é possível sim sentar-se à mesma mesa quando se reconhece as falhas e quando se reconhece a autoridade do bispo Edir Macedo aquele que é o fundador desta instituição. Nós que estamos ligado liturgicamente ao Bispo Macedo, estamos dispostos a sentarmos desde que se mostre provas de arrependimento pela rebelião causada e voltem para a instituição. Lembrando que não fomos nós que saímos mas sim a ala dissidente”, fez saber Alberto Segunda respondendo na altura uma questão de um jornalista na conferência de imprensa realizada no Talatona o ano passado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »