OPINIÃO: Juiz Joel Leonardo, o padroeiro da cidade do Huambo ou “pacificador” da greve no TS?

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LUÍS DE CASTRO

Activista Social e comentador de rádios

Opinião


O facto do Juiz Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo , ter escolhido a cidade do Huambo para abertura do ano judicial está ser visto por alguns segmentos da juventude do Huambo como uma alufada de ar fresco, tendo em conta que a cidade Planaltica, neste momento, acolhe várias figuras de proa do país.

Por via disto, o governo local fez um trabalho paliativo de limpeza pelas principais artérias da cidade. Pinturas de lancis e operação de tapa-buraco foram executados, nas últimas duas semanas, para deixar à cidade capital das terras de Wambu Kalunga de “cara limpa”.

De acordo com fontes fidedignas, o Juiz Presidente do Tribunal Supremo (TS) já se encontra na cidade Planaltica, e a sua estadia por estas paragens é encarada no seio dos funcionários como um Homem de trato fácil, de quem acreditam que poderá ser peça-chave para ajudar a ultrapassar algumas preocupações que afligem os profissionais deste sector.

A abertura do ano judicial, marcada para o próximo dia 29, acontece numa altura em que se levanta a greve nacional dos funcionários do TS, que reivindicam o facto de serem os piores remunerados, comparativamente aos quadros que estão ao serviço dos tribunais superiores, nomeadamente, Tribunal de Contas, Supremo Militar e o Constitucional.

Numa altura, em que a titular do Ministério das Finanças, Vera Daves, apela ao exercício de “apertar os cintos” e pautar por uma gestão racional dos recursos dos gestores públicos, chamou-nos atenção ao facto do gesto de contenção de gastos da comitiva liderada pelo Juiz Presidente do TS, ou seja, o Tribunal Supremo alojou alguns dos seus quadros na rede de Hotéis “iU”, que foram arrestadas ao empresário luso-angolano Carlos São Vicente, condenado, esta semana, há nove anos de prisão.

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