CASO BESA: Novas revelações apontam Manuel Vicente, Leopoldino e Kopelipa no colapso do Banco

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Os culpados da situação que colapsou o BESA-Angola, é imputada ao empresário Álvaro Sobrinho, enquanto os malandros são conhecidos e estão protegidos: os Generais Leopoldino dos Nascimento “Dino” e Kopelipa devem ser imputados como os principais arguidos em casos desvio de milhões de dólares do BES-ANGOLA.


Uma gentileza do jornal Visão

Os generais Leopoldino do Nascimento “Dino” e Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” haviam sido constituídos arguido no caso que envolve a construção de imóveis por uma companhia chinesa, segundo noticiou em 2020, o Jornal de Angola.

Os dois generais, que na Presidência de José Eduardo dos Santos eram considerados das personalidades mais poderosas no país, tinha sido ouvidos pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), da Procuradoria-Geral da República (PGR), “por haver fortes indícios de se terem beneficiado dos negócios que o Estado teve com a empresa China International Fund”, acrescentou aquele órgão estatal.

Este dinheiro inclui o fundo que era destinado para a construção de casas sociais para os antigos combatentes do extinto Ministério dos Antigos combatentes e Veteranos da Pátria, antes liderado por general reformado José Van-Dúnem, a cargo da empresa JEOSAT-ANGOLA, de Carlos Rodrigues, fundo esse proveniente do BESA.

Em 2020, ma fonte da PGR foi citada pelo jornal como tendo dito que os dois já foram notificados e vão ser ouvidos “para lhes serem aplicadas as respetivas medidas de coação (penal)”.

No entanto, a mesma fonte acrescentara na altura que os dois generais gozam de imunidades e não podem ser presos antes do despacho de pronúncia na fase de instrução contraditória.

Anda ontem o PCA da JEOSAT acusou os generais “Kopelipa”, Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” e José Filomeno dos Santos, como figuras que se apoderaram dos fundos que seriam para a sua empresa, razão pela qual, os dois municípios de Luanda (Sambizanga e Cazenga) nunca foram objectos de requalificação.

Carlos Rodrigues, PCA da JEOSAT, foi acusado de ter surripiado centenas de milhões de dólares do BESA (o falido Banco Espírito Santo Angola) que eram destinados à construção de uma vila (condomínio) para Antigos Combatentes que seria edificada no âmbito do projecto de requalificação do Sambizanga e do Cazenga. Contudo, a mesma nunca se concretizou, nem uma só casa foi construída, mas o dinheiro tomou um rumo desconhecido.

Entretanto, diante da pressão e acusações contra si, o PCA da empresa de construção Jeosat Angola , Carlos Martins Rodrigues, resolveu “atirar a bola para outro campo” e acusou, em Março de 2018, em conferencia de imprensa, realizada em Luanda, o general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, e seus colegas, de serem eles que se apoderaram de 750 milhões de euros destinados ao projecto de requalificação das obras do Sambizanga e Cazenga no geral.

Álvaro Sobrinho “o inocente sem culpa” entrevista a TPA em 2018

Álvaro Sobrinho não é o culpado no desfalque ao BESA, o empresário e PCA da JEOSAT-Angola teceu algumas considerações, que concerne a situação. De acordo com as explicações de Carlos Martins Rodrigues, os colaboradores do antigo Chefe de Estado a apoderaram-se da garantia soberana dos 750 milhões de euros e fizeram levantamento desse dinheiro três vezes, o que perfaz a soma de 3,15 bilhões de dólares.

Rodrigues citou os generais “Kopelipa”, Fragoso do Nascimento “Dino” e José Filomeno dos Santos como figuras que se apoderaram dos fundos que seriam para a sua empresa, razão pela qual, os dois citados municípios de Luanda nunca foram objectos de requalificação.

Em entrevista à Televisão Pública de Angola- TPA, em 2018, o antigo presidente do BES-Angola afirmara que o banco faliu “por decisão política” e não por insolvência. Álvaro Sobrinho garante que o BESA nunca teve problemas de crédito mal parado e admite que a garantia soberana do Estado angolano, feita para cobrir esse crédito, serviu apenas ao Banco Espírito Santo. Celso Filipe, director adjunto do Jornal de Negócios e autor do livro: O Poder Angolano em Portugal, reconhece que é preciso contextualizar a entrevista com momento político que se vive em Angola, o rescaldo do congresso do MPLA.

Palavras do Advogado do empresário Álvaro Sobrinho

O advogado Artur Marques disse não poder adiantar mais pormenores nem sobre se existem outras medidas de coação nem sobre factos novos que tenham sido ontem 17 de Março apresentados pelo Ministério Público em interrogatório, acrescentando que vai recorrer da medida de coação, com a qual não concorda.

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