Chineses podem colocar em extinção  moedas de 50 kwanzas

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A moeda de 50 Kwanzas está cada vez mais rara nos mercados e nos bolsos dos cidadãos, quase que ninguém vê. Ouve-se que existe um suposto grupo de chineses que se dedicam a fundir o metal para confeccionar assessórios e outros derivados de metais na Zona Económica Especial e Calumbo, ambos no município de Viana, Província de Luanda.


Por Joaquim Paulo

A ausência das moedas de 50 kz tem nome: “negócio chinês”. Aventa-se que um grupo de chineses têm se dedicado a “caçar” o metal a todo vapor, para servir de matéria-prima na fabricação de colares, anéis, brincos e outros provenientes daquele tipo de metal.

Os constrangimentos são visíveis com uma maior incidência nos táxis e mercados informais. Nas corridas de táxi, os passageiros são chamados a entrar com o dinheiro devidamente trocado, sob pena de não perderem o seu 50kz a favor do “azul e branco”. Nos mercados, por exemplo, desaconselha-se ir às compras sem a moeda de 50kz.

“Várias vezes deixei o troco de táxi por falta de cinquenta kwanzas e presencio vários passageiros a clamar pelo troco. Os cobradores alegam ausência das moedas no mercado e isso está prejudicando as contas uma vez que os táxistas pouco aceita nos levar com cem kwanzas”, disse Antónia Viemba José, passageira.

em alguns autocarros que fazem desvio do Zango-Benfica, foram forçados aumentar a tarifa de 50 para 100 Kwanzas para evitar complicação com os passageiros, por essa razão, passageiros e cobradores de táxis pedem às autoridades angolanas no sentido de fazer uma investigação profunda e encontrar os autores que estão a fazer da moeda uma outra fonte de rendimento.

“O esquema”

Tudo parte das “máquinas batoteiras”, aquelas que os mesmo chineses têm espalhados em vários pontos do país. “Nas máquinas da sorte ou azar”, só é possível, na sua maioria, introduzir a nota de 50kz para jogá-la. O grupo ronda ponto a ponto, procurando máquinas e trocar as moedas pelo dinheiro em papel.
Segundo algumas informações que o Factos Diários teve acesso, depois de recolhidas das máquinas, os chineses carregam até ao Polo Industrial de Viana e arredores, onde são fundidas as moedas para, posteriormente, transformá-los em objectos de tendências.

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