“A única solução de salvar a UNITA é tirar o cidadão português na presidência do partido”
Cândido Moisés Wajimwene, Porta-voz de militantes que impugnaram o Congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior como Presidente da UNITA, fez saber na tarde desta sexta-feira, 20 de Agosto, que o afastamento do dirigente será uma realidade tendo em conta as provas de irregularidades apresentadas juntos do T. Constitucional.
Por Isidro Kangandjo
Falando ao Factos Diários, Cândido Wajimuene conta que o grupo de delegados que impugnou o congresso está em festa e os problemas internos serão resolvidos para salvar a UNITA dos dirigentes que semeiam ódio e instabilidade no seio dos militantes. Para o militante e representante dos demais delegados conta que “a única solução de salvar a UNITA é tirar o cidadão português na presidência do partido porque internamente não existe paz e a iniciativa da Tripartida veio complicar ainda mais porque a Comissão Política e o comitê Permanente ainda não reuniu para encontrar um denominador comum”.
“Devemos ser realista e os nossos mais velhos que com ele está, deveriam também serem realistas porque em 2019 quando pretendeu se candidatar, a primeira visita, como candidato fez no município de Cacuaco, eu e o companheiro Domingos Pedro é que o recebemos enquanto dirigentes da JURA. Numa conversa amena que tivemos, nos informou que ele não queria se candidatar, mas os mais velhos Chiwale, Ernesto Mulato e Chipindu Bonga, foram eles que lhe sugeriram para se candidatar e reconheceu que tinha a dupla nacionalidade e tudo está a fazer para a sua renúncia. Ou seja, ele fazia campanha com duas nacionalidades”, disse.
Segundo o porta-voz dos delegados que impugnaram o congresso da UNITA, as principais motivações desta impugnação tem que ver com a dupla Nacionalidade, violação das teses do congresso entre eles o número de membros da Comissão Política e abolição das regiões assim como a implementação da caça às bruxas. Todos aqueles que apoiaram outros candidatos, conta Wajimuene, foram denominados de grupos e esses, ao ocorrer do tempo, foram retirados dos seus cargos e expulsos do partido sem antes ter reunido a Comissão Política.
“Não devemos ter um presidente que a mãe é Cabo-verdiana e o pai é Português para dirigir o partido e é um perigo Adalberto Costa Júnior um dia dirigir o país. Temos a certeza que o Tribunal fará o seu trabalho porque deixamos as provas necessárias. Apesar de Nelito e o seu presidente ter criado uma equipa para nós perseguir, nós estamos firmes e vamos aguardar a festa para resgatar o nosso partido das pessoas do mal porque o partido está parado, internamente está mal. Já não temos bases fortes porque acham que a política se faz nas redes sociais pagando os activistas para criar nomes fantasmas para defender o nome de ACJ e nunca do partido”, disse.
Cândido Moisés Wajimuene, exerceu funções de secretários de Zonas e, em 2018 assumiu o cargo de Secretário da JURA do Distrito Sede, Cacuaco e, através desse cargo foi capultado como delegado. Segundo recorda que a carta tem muitos subscritores e apenas 19 estão apresentar o rosto.
Se pensássemos nas consequências antes fazer o que pensamos seríamos pragmáticos nas nossas acções. A UNITA deve tirar lições no MPLA não basta nascermos no mesmo ( gêmios) há sempre mais velho e mais inteligente. Twapandula.