Administrador do Porto de Luanda envolvido em desvio de sucata e suborno

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O administrador técnico para área de infraestrutura, obras e Aprovisionamento do Porto de Luanda, Willy Guimarães, está a ser acusado de desviar uma sucata que se encontrava no interior da ex-Soportos.


Por Afonso Eduardo

A história começa por um concurso público supostamente forjado através do Engenheiro da comissão de gestão do terminal multiuso, antiga Soporto, de Munana Camena, que em conluio com o administrador Willy Guimarães arquitectaram a venda da sucata.

A fonte que falava ao Factos Diários, disse que a sucata foi vendida à uma empresa denominada HC – Prestação de Serviços, pertencente a um cidadão estrangeiro de nome Horácio Cassioma.

“Do concurso forjado, a sucata acabou por ser vendida a HC – Prestação de Serviços num valor inferior a 2 milhões de kwanzas”, revelou a fonte.

Do mesmo modo, a HC – Prestação de Serviços procedeu a venda a empresa ADA, na Barra do Dande por um valor que ascende os 68 milhões de kwanzas.

“Pela comissão repartida, gerou um valor de 10.500.000,00 (de milhões e quinhentos mil kwanzas), que é uma micha, conforme a factura em anexo n.° FTM 80P2020/4 de 29 de Novembro de 2020, em nome da empresa do administrador Willy Guimarães e devidamente assinada por ele.

Segundo apurou-se a HC- Prestação de Serviços , ao tomar conhecimento que o caso já estava fora da sua alçada, terá feito a queima dos arquivos contabilísticos para não deixar rastos a possíveis investigações.

Factura da venda da sucata

A empresa HC – Prestação de Serviços de acordo com denúncias de trabalhadores da UNICARGAS , já vem fazendo desvio de sucatas de camiões e outros equipamentos nesta empresa desde o período em que Willy Guimarães trabalhou naquela instituição, tendo este apenas feito a ligação com a sucata da ex-SOPORTOS.

“O caso estava no departamento do SIC do Porto de Luanda, mas se suspeita que o administrador Willy Guimarães terá subornado e o caso terá morrido por aí”, disse .

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