Angolano “Ti Show” transforma “gangues” em cooperativas
Pelo menos 15OO cidadãos em conflito com a lei foram reintegrados na sociedade, por via da Associação de Ajuda às Famílias Desfavorecidas de Angola (AAFDA). O Angolano Ernesto Chongolola, carinhosamente tratado por “Ti Show”, presidente da referida associação filantrópica, revela que o sucesso é fruto do espírito de solidariedade, irmandade e de amor ao próximo.
Por Redação do Factos Diários
O empresário explica que a associação, até o momento, congrega cerca de 1500 jovens, “convertidos” de práticas maléficas. “Ensinamos que fazer bem, faz bem. Este é um dos nossos lemas”, explicou.
Este trabalho contínuo começou no município de Viana e está ramificado igualmente no município do Cazenga. Ti Show explica que, para concretizar os objectivos, conta com o auxílio de alguns técnicos da associação e das administrações municipais.
“Os meninos são agraciados com formação profissional, com vista a estarem dotados de conhecimentos técnicos e serem reintegrados na sociedade”, rematou.
Roberto Malanga, beneficiário da associação, confessa que foi membro de grupos de malfeitores, assaltava pessoas na via pública e nas residências. “Desde que me integrei na associação, sinto-me novo e outra pessoa. Hoje sou chefe de família, graças ao Ti Show”, agradeceu.
Manuel Saniguinka, outro cidadão ‘convertido’, informa que trabalha com o empresário há nove anos, e que fazia parte do mundo da delinquência. O jovem recorda que veio da Província de Malange para Luanda a procura de melhores condições de vida, e que, por uma ‘unha negra’, abraçou o mundo da criminalidade. “Quando em Luanda, arrumei um trabalho, mas durou muito pouco tempo, a empresa fechou as portas por crise financeira. Alguém falou-me do Ti Show e fui la ter, hoje, trabalho com ele e me transformei num homem”, revela.
Saniguinka reconhece as transformações ocorridas na sua vida e agradece ao empresário por lhe ter acreditado numa fase, em que era considerado para muitos, como um ‘meliante altamente perigoso’.
“Eu hoje estou muito mudado, constitui minha família, sou responsável das carrinhas aqui no parque”, disse.
” Contamos com o apoio da nossa Polícia Nacional. Sabemos que são indivíduos com outras características, e precisamos do apoio da polícia para nos garantir mais segurança”, pede o pai do projecto.