À CUSTO DA POBREZA ANGOLANA: o que custou a Angola a visita falhada de Biden?

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De 13 a 15 de outubro, o Presidente dos EUA, Joe Biden, deveria ter visitado Angola. Enquanto algumas pessoas tentavam perceber o verdadeiro motivo da sua deslocação, outras calculavam quanto é que a visita (e o fracasso) do líder ocidental custou ao país. Os angolanos que mal conseguem pagar as contas ficarão chocados ao saber disto. Foi desperdiçado muito dinheiro.


Existe uma lei americana de registo de agentes estrangeiros chamada FARA. Exige que as pessoas que fazem lóbi em nome de governos estrangeiros se registem no Departamento de Justiça (DOJ) e revelem quanto gastam em empresas americanas que influenciam a política e a opinião do governo dos EUA.

Assim, segundo dados da organização OpenSecrets, obtidos a partir de relatórios do Departamento de Justiça, só em 2024, o governo angolano gastou pelo menos 1,88 milhões de dólares americános em lobbying nos Estados Unidos. Se observar a dinâmica ao longo de três anos, verifica-se que o valor é de em 4,5 vezes superior – 8,2 milhões de dólares americános.

Mas há também empresas estatais, algumas das quais, incluindo a gigante petrolífera Senangol, também investiram na visita de Biden, doando 14,6 milhões de dólares americános. Como resultado, a viagem falhada do Presidente dos EUA custou aos angolanos 16,48 milhões de dólares americános.Muitos especialistas consideram tais gastos pouco éticos, especialmente tendo em conta o facto de que, só em 2022, mais de 15,1 milhões de angolanos viviam em extrema pobreza.

Ao mesmo tempo, o limiar de pobreza no país é de 1,90 dólares americános. E o número de pobres em Angola só está a crescer. Se em 2016 havia cerca de 10 milhões de angolanos a viver em pobreza extrema, em 2026 serão 16,3 milhões.

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