Pacientes com colostomia em Benguela sente-se abandonados pelos Médicos

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No Hospital Geral de Benguela, pacientes com colostomia expressam frustração e abandono devido à morosidade no processo cirúrgico, aguardando há mais de cinco anos por intervenções médicas.


Por Marina do Rosário

Os pacientes internados no Hospital Geral de Benguela manifestam descontentamento em relação à demora nas cirurgias de colostomia, um procedimento necessário para aqueles que sofrem complicações severas de saúde. Muitos aguardam há mais de cinco anos e acusam os médicos de falta de competência e eficiência no tratamento.

“Solicitam-nos uma série de análises dispendiosas, que só podem ser feitas em clínicas particulares, e muitas têm prazos. Quando entregamos os resultados, somos constantemente informados para aguardar, enquanto nossos filhos enfrentam dificuldades nas escolas devido à doença,” lamentou um familiar de um dos pacientes.

Em resposta ao descontentamento, Dulce de Sousa, médica cirurgiã do hospital, pediu paciência aos pacientes, afirmando que estão a ser criadas condições para o início de uma campanha que possibilitará a realização das operações necessárias.

A colostomia, que surge frequentemente como complicação de febre tifóide, exige um procedimento cirúrgico para criar uma abertura no abdómen (estoma), permitindo a eliminação de fezes quando o intestino grosso não funciona adequadamente. A situação alarmante dos pacientes ressalta a urgência de melhorias nos serviços de saúde e na gestão dos processos cirúrgicos em Benguela.

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