ÁRABES COMPRAM ANGOLA E FINANCIAM LUXO DO MPLA

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A empresa Dubai Investments Park disponibilizou mil milhões de dólares, para o primeiro empreendimento de uso misto de referência em África, em construção na Barra do Dande, província do Bengo.Ainformação foi avançada pelo vice-presidente e CEO da Dubai Investmentst, Khalid Kalbam, recebido em audiência nesta quarta-feira, em Luanda, pelo Presidente da República, João Lourenço.

Segundo o CEO, o projecto Dubai Investments Park Angola estará disponível para o investimento privado e contribuirá para a criação de emprego e de mais negócios, estando já uma empresa a funcionar em Angola.

Sobre a empreitada, informou que já decorrem as obras de criação de infra-estruturas, arruamentos e considerou ser um projecto de natureza mista na primeira fase.

“Será (um projecto), digamos de natureza mista (…) com porções de terra para manufacturas, logística, área residencial, hotelaria, campos de golfe, isto é na primeira fase”, explicou.

O CEO referiu que o projecto em curso em Angola terá conexão com os realizados no Dubai, pelas suas semelhanças.

“Se olharmos para aquilo que foi a nossa realidade de criação no Dubai, que nos levou por aí 15 anos, nós começamos com um investimento de mil milhões de dólares e hoje temos um investimento total que ronda os 30 mil milhões de dólares”, disse.

À imprensa, Khalid Kalbam frisou, igualmente, ter abordado com o Chefe de Estado as futuras relações com o Governo angolano, além dos detalhes do projecto em curso na Barra do Dande.

“Aproveitamos também a ocasião para ouvir da parte do senhor Presidente alguns projectos importantes que nos foram apresentados e nós ficamos de analisá-los. Colocou-nos em contacto com alguns ministros para que possamos avançar nestes projectos todos”, informou.O Dubai Investments Park é um empreendimento industrial, comercial e residencial de uso misto exclusivo e independente operado pela Dubai Investments Park Development Company LLC. Distribuído por uma área de 2.300 hectares (com 1.700 hectares arrendados), é uma cidade dentro de uma cidade que oferece infra-estrutura de classe mundial e excelentes instalações e serviços.

Uma subsidiária da Dubai Investments (PJSC), o DIP é dividido em três zonas distintas – cada uma definindo o padrão para projectos de alta qualidade em um desenvolvimento comunitário mestre bem planeado e totalmente integrado. Estrategicamente localizado a poucos minutos do Aeroporto Internacional de Jebel Ali, é bem conectado aos principais distritos comerciais de Dubai. Como um destino residencial e comercial de primeira linha, o DIP redefine o conceito de vida e trabalho, tornando-o um empreendimento único no Dubai.

DIP passou a ser reconhecido como um empreendimento de alta qualidade, ecologicamente correcto e inteligentemente planeado, único em todos os sentidos. Desde seu lançamento, ele se estabeleceu rapidamente como um destino residencial, comercial e industrial de primeira linha. Ele oferece aos moradores uma ampla selecção de acomodações que vão desde diferentes estilos de vilas e casas geminadas até uma variedade de apartamentos e alojamentos para funcionários. Todos foram construídos de acordo com os mais altos padrões internacionais em termos de design, qualidade e espaço.

Dubai Investments Park oferece uma escolha ampla em apartamentos. De estúdios a apartamentos de um, dois, três e quatro quartos, há uma selecção incrível aguardando os moradores em complexos bem planejados e lindamente dispostos. Equipados com instalações de classe mundial, cada um é um empreendimento comunitário independente com suas próprias características e recursos exclusivos.

Angola e os Emirados Árabes Unidos assinaram, em Janeiro de 2023 , em Abu Dhabi, vários acordos de cooperação. Os investidores árabes têm condições favoráveis para investirem em tudo o que entenderem, desde logo protegidos que estão pelo Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos entre os dois estados, assinado – registe-se – em 5 de Abril de… 2017.

Com a aprovação do acordo, os investimentos estrangeiros nos dois países estarão protegidos de eventuais riscos e os governos angolano e dos Emirados Árabes Unidos encorajam os empresários dos dois Estados a investir, com a garantia de que os investimentos estão seguros.

O documento, de 17 páginas e igual número de artigos, foi assinado a 5 de Abril de 2017, no Dubai. Pela parte angolana, assinou o então ministro de Economia, Abraão Gourgel, e pela dos Emirados Árabes Unidos, o ministro de Estado das Finanças, Obaid Humaid Ai Tayer.

Os investimentos de cada parte contratante gozarão, em todos os momentos, de plena protecção e segurança no território da outra parte contratante. Para maior garantia, a protecção e a segurança não devem exceder o tratamento que a parte contratante concede aos seus próprios residentes e outros estrangeiros no âmbito das leis e regulamentos da parte contratante para proteger a sua própria segurança e ordem pública”, refere o acordo.

Angola e os Emirados Árabes Unidos acordaram, ainda, que “nenhuma das partes contratantes prejudicará, de forma alguma, através de medidas não razoáveis ou discriminatórias, a gestão, manutenção, utilização, gozo ou alienação de investidores da outra parte contratante”.

diploma acrescenta que “cada parte contratante observará toda a obrigação que tenha celebrado relativamente a investimentos da outra parte contratante”.

O acordo destaca a protecção dos investimentos das partes, realçando que “aos investimentos e aos retornos dos investidores de qualquer das partes contratantes, feitos em conformidade com as suas leis e regulamentos, serão sempre concedidos tratamento justo e equitativo”.

Refere, ainda, que “nenhuma das partes impedirá, através de medidas arbitrárias ou discriminatórias, o desenvolvimento, gestão, utilização, expansão da venda, bem como, se for o caso, a liquidação desses investimentos”.

No final de 2019, Angola e os Emirados Árabes Unidos (EAU) assinaram, no Dubai, um memorando de entendimento no domínio dos Transportes, assente numa parceria estratégica para desenvolver e alavancar diversos projectos deste sector a nível do país.

Sempre que os ministros querem mostrar trabalho ao Titular do Poder Executivo, ou este quer propagandear a sua suposta governação, rumam aos EUA.

Lá está sempre disponível um qualquer sheik, seja Ahmed Dalmook Al Maktoum ou outro. Mas quando é preciso prometer, o sheik não se importa de fazer uma viagem a Luanda.Neste caso foram signatários, pela parte de Angola, o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, e pelo estado asiático o (crónico) sheik Ahmed Dalmook Al Maktoum.

O acordo previa a reabilitação e modernização do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e investimentos em infra-estruturas que possam permitir a aceleração da actividade económica, nas áreas de potencial crescimento da actividade empresarial privada e ou pública.

No Dubai, Ricardo D’Abreu visitou a sede da DNATA, onde manteve contactos com Adnan Kazim, vice-presidente desta fornecedora de serviços aeroportuários, desde assistência (em terra), de manuseamento de cargas, viagens e catering para voos, em cinco continentes.

O ministro dos Transportes foi igualmente recebido pelo vice-Presidente do Fundo Soberano do Dubai (FSD), para as Fusões e Aquisições, com quem abordou o interesse desta instituição, num possível financiamento em infra-estruturas aeroportuárias e portuárias.

Neste encontro ficou a promessa de que o “FSD” aguardaria a recepção de projectos de infra-estruturas, destinados a participar nos próximos concursos públicos internacionais, a serem lançados no quadro das futuras concessões portuárias e aeroportuárias, projectadas no país.

Nestas visitas efectuadas e encontros mantidos nos Emirados Árabes Unidos, além da delegação saída de Luanda, Ricardo D’Abreu, faz-se acompanhar do embaixador de Angola no Dubai, Albino Malungo.

Antes (19 de Setembro), Angola e os Emirados Árabes Unidos assinaram, em Luanda, dois memorandos de entendimento no domínio da agricultura, para potenciar o cultivo do milho e soja, bem como a criação de aves.

primeiro memorando tinha como foco a criação de uma fábrica de produção de equipamentos de mecanização agrícola, a ser instalada na Zona Especial Económica, (ZEE) no município de Viana, província de Luanda.

O segundo visava a criação de uma fazenda para o cultivo de milho, soja e criação de aves na província do Cuanza Sul, de acordo com o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis que assinou o acordo também subscrito em nome do EUA por Ahmed Dalmook Al Maktoum.

Na ocasião, o titular da pasta da Agricultura de Angola disse que o projecto visava melhorar as condições sociais e económicas das famílias angolanas (claro! claro!), tendo em conta que haverá espaço para inclusão da mão-de-obra camponesa local.

Fonte: Folha-8

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