Diretor-geral do INEA apresenta novo plano rodoviário que prevê acabar com a anarquia na gestão das estradas do país
O director-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Manuel da Costa Molares D’Abril, apresentou durante a reunião do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT), orientada pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, uma proposta de Novo Plano Rodoviário de Angola, que prevê melhorias na gestão das infra-estruturas rodoviárias do país, com realce para o fim das anarquias nas nossas estradas.
Por Redação
Segundo fez questão de esclarecer Manuel da Costa Molares D’Abril, o Plano Rodoviário estabelece a rede nacional de estradas, sua classificação e normas para gestão.
Segundo ainda o director-geral do INEA, a proposta do novo Plano Rodoviário de Angola surge da necessidade de se centralizarem as competências entre os organismos dos órgãos centrais e locais.
“A anterior Rede Nacional de Estradas estava organizada numa rede complementar na secundária e terciária. A actual proposta estabelece uma classificação diferente, estradas nacionais e municipais”, disse.
O director-geral do INEA informou, ainda, que foram tomadas medidas de engenharia rodoviária que têm a ver com a intervenção nas vias urbanas para instalar dispositivos que obriguem os condutores a reduzir a velocidade e compatibilizar os automóveis com a necessidade dos peões circularem nos cruzamos e nas zonas de maior concentração da população.
“Estes dispositivos estão espalhados pela cidade (de Luanda) e muitos deles construídos sem critérios”, acrescentou ele, avançando que o regulamento vai definir onde devem ser colocados, que dimensões devem ser respeitadas e como podem ser aplicados.
O que se pretende, segundo o director-geral do INEA, é propor uma solução para acabar com a “anarquia que se vê na cidade”.
“Qualquer pessoa instala uma lomba redutora de velocidade. O que queremos é definir como deve ser feito”, esclareceu.
Molares D’Abril lembrou que já estão reparados cerca de 14 mil quilómetros de estradas a nível nacional.
“Continuamos a trabalhar e esta extensão de estradas asfaltadas vai aumentar nos próximos tempos”, informou.
O director-geral do INEA lembrou, por outro lado, que o Executivo tem um programa de salvação de estradas que contempla a intervenção de 1.600 quilómetros, com um nível de intervenção diferenciado. Há também, segundo Molares D’Abril, o programa de reparação de infra-estruturas rodoviárias.
“Há um conjunto de estradas nas mais variadas províncias que estão em reparação”, informou. Com a Proposta de Estatuto das Estradas Nacionais pretende-se estabelecer as normas de utilização, zonas de protecção e o regime de sanções aplicáveis.
O INEA, informou, fará a gestão, exploração, conservação e manutenção, assim como planeamento do seu desenvolvimento.
Segundo Molares D’Abril, vai depender, igualmente, do INEA a definição das normas de projectos e as características que as estradas, a nível do país, devem ter, sejam elas municipais ou nacionais.
Refira-se que a Proposta de novo Plano Rodoviário de Angola foi analisada ontem, quarta-feira, na reunião do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT), orientada pelo vice-presidente da República, Bornito de Sousa.