PRS EM ROTA DE COLISÃO: Dois candidatos disputam liderança em meio a tensões internas
A disputa pela liderança do Partido de Renovação Social (PRS) intensifica-se com a confirmação de Benedito Daniel e António Sapalo como os únicos candidatos ao cargo de presidente, a serem escolhidos no V Congresso Ordinário, previsto para outubro. A tensão no partido aumenta, com divergências sobre o processo eleitoral e a intervenção do Tribunal Constitucional.
Por Redacção do Factos Diários
O Partido de Renovação Social (PRS) enfrenta um momento decisivo e conturbado na sua história política, com dois candidatos a disputarem a liderança no próximo congresso do partido.
Rui Malopa, Secretário-Geral do PRS, confirmou que o actual presidente, Benedito Daniel, e o membro António Sapalo são os únicos candidatos que concorrerão à liderança durante o V Congresso Ordinário, previsto para outubro.
Em declarações ao Jornal de Angola, Rui Malopa assegurou que as condições para a realização do congresso estão praticamente definidas, especialmente após a decisão do Tribunal Constitucional, que considerou inconstitucional a sanção anteriormente aplicada a António Sapalo.
Segundo Malopa, o período de campanha eleitoral será anunciado em breve, permitindo que ambos os candidatos possam contactar os eleitores em todo o país.
No entanto, a candidatura de António Sapalo tem gerado controvérsia.
Cláudio Ricai, um aliado de Sapalo, defende que o Tribunal Constitucional deve ser o único órgão a estabelecer as regras para o processo eleitoral, em conformidade com os estatutos do partido.
Ricai critica a actual direcção do PRS, alegando que está “equivocada e delirante”, ao tentar avançar com o congresso sem resolver todas as questões legais e estatutárias.
O político afirma ainda que qualquer tentativa de realizar o congresso à margem da lei será contestada, apontando para a necessidade de criar uma nova comissão preparatória e de realizar novas conferências para eleger delegados de forma transparente e justa.
A crise interna no PRS parece, assim, longe de ser resolvida, com facções dentro do partido a contestarem a legitimidade do processo e a questionarem a continuidade da liderança de Benedito Daniel.
O desenrolar desta disputa será crucial para o futuro do PRS, num momento em que a coesão interna é essencial para enfrentar os desafios políticos que se avizinham.