Comissão Sindical da EPAL desmente entidade empregadora e denuncia condições precárias de trabalho
A Comissão Sindical da Empresa Pública de Águas de Luanda-EPAL diz não corresponder com a verdade verdade que o não pagamento das quotas dos clientes é a razão da falta e atraso salarial dos trabalhadores da EPAL.
Por Kamaluvidi Baltazar
Estes dados foram avançados pelo 1° secretário da Comissão Sindical da EPAL, em entrevista a um dos programas da Rádio Despertar, esta segunda-feira, quando falava sobre a greve.
António Martins explicou que, em 2019, o Sindicato dos trabalhadores procedeu a entrada do caderno reivindicativo que exigia o pagamento pontual, contrato de seguro obrigatório, aumento salarial e demais pontos apresentados pelos trabalhadores.
Em resposta das preocupações levantadas, a entidade empregadora, como fez saber António Martins, só vai atender estas inquietações no próximo ano, ou seja, em 2025, sem, no entanto, esclarecer como será feita a negociação.
Questionado sobre quanto a EPAL arrecada, o responsável afirmou que, em média, a Empresa Pública de Águas de Luanda consegue arrecadar um valor que estima-se em nove centos milhões de kwanzas, acrescentando que em 2018 houve um aumento dada a assinatura de novos contratos.
“As condições profissionais são precárias, os trabalhadores caminham grandes distâncias para vir trabalhar porque não têm dinheiro para o táxi. Não há mínimas condições, falta vassoura, luvas, sem iluminação e , às vezes, papel para registrar o pagamento”, lamentou.
Apesar da greve que continua a decorrer, António Martins adiantou que hoje, segunda-feira, 12 de agosto, houve uma sessão de negociações com o empregador para se chegar a um meio termo, mas garantiu que os serviços mínimos estão a ser prestados como o abastecimento de água em residências dos moradores e empresas.