O convite envenenado do Primeiro Ministro português aos empresários angolanos

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O Primeiro Ministro de Portugal, Luís Montenegro, voltou hoje a pedir aos empresários angolanos no sentido de investirem também em Portugal tal como Angola acolhe mais de 1200 empresas que operam em vários sectores.


Por Afonso Eduardo

Durante o seu discurso na Feira Internacional de Luanda-FILDA, o político disse “estamos abertos para receber as empresas angolanas. Nós confiamos muito naquilo que os empresários angolanos possam fazer na economia Portuguesa”.

 DESCONTENTAMENTO DOS EMPRESÁRIOS ANGOLANOS EM PORTUGAL

O apelo do Primeiro Ministro de Portugal pode ser encarado como um presente envenenado numa altura em que os angolanos que investem naquele país sentem-se perseguidos pela justiça portuguesa onde alguns consideram de perseguição racial e desigualdade.

 Isabel dos Santos, Manuel Vicente e Álvaro Sobrinho, são o exemplo de vários casos de justiça que acontece em Portugal onde o poder político e judicial tem, no sentido concreto atacar empresários do país para o benefício daquele país.

O caso mais grave acontece com o ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola, acusado de cometer 23 crimes. O caso remonta há 13 anos, mas até ao momento, a investigação portuguesa não apresenta evidências, muito menos coloca ponto final a investigação. A justiça portuguesa ao retirar o passaporte angolano do empresário Álvaro Sobrinho demonstra que Portugal teima em aceitar que Angola deixou de ser uma das suas províncias ultramarinas, desde 1975.

Em tom de desespero, os advogados de Sobrinho lançaram um pedido de socorro ao governo angolano, em entrevista concedida à TV Zimbo, no dia 29 de Maio de 2024, contudo, até ao momento, ainda não houve um pronunciamento das autoridades angolanas sobre o assunto.

Este exemplo pode ser uma das razões que levarão vários empresários angolanos abandonar o mercado de Portugal por sentirem-se perseguidos o que contraria a posição do governo angolano aos investidores portugueses em Angola.

PERSEGUIÇÃO SELETIVA

Alguns empresários angolanos apontam que,  Portugal existe vários investidores de origem brasileira envolvidos no caso lavajato, outros vêm da Índia e de outros países europeus porém, apesar de várias violações, são atenuados por de tratar de pessoas de pele branca.

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