PRESIDENTE AINDA NÃO REAGIU: João Lourenço convidado para mediador na crise do Sahel

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Durante uma visita oficial à Costa do Marfim, no final de junho, foi oferecido ao presidente angolano, João Lourenço, o papel de mediador na crise do Sahel. O objectivo é restabelecer o diálogo com as juntas que tomaram o poder no Mali, Burkina Faso e Níger, e organizar eleições nesses países num prazo razoável.


Por Joaquim Paulo

Segundo a Jeune Afrique, Lourenço esteve em Abidjan entre 26 e 28 de junho, onde o presidente costa-marfinense, Alassane Ouattara, colocou o assunto em pauta.

Ouattara espera encontrar uma solução para o impasse que se instalou na sub-região, onde as juntas militares de Bamako, Ouagadougou e Niamey decidiram traçar o seu próprio caminho, criando a Aliança dos Estados do Sahel, em resposta aos apelos da CEDEAO para que organizem o regresso dos civis ao poder.

Alassane Ouattara fez a proposta em nome dos seus pares da África Ocidental, que acreditam que João Lourenço tem o perfil adequado para a mediação.

Lourenço, um antigo general e ex-Ministro da Defesa, atualmente ocupa a presidência rotativa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e atua como facilitador da União Africana (UA) entre a RDC e o Ruanda.

Até ao momento, João Lourenço ainda não deu uma resposta formal ao convite. Em qualquer caso, não seria a primeira vez que um chefe de Estado da África Austral é solicitado a mediar na África Ocidental.

Anteriormente, Thabo Mbeki e Jacob Zuma da África do Sul, Jakaya Kikwete da Tanzânia, e Raila Odinga do Quénia foram chamados para desempenhar papéis semelhantes em crises na região.

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