CASO ÁLVARO SOBRINHO: Advogados pedem intervenção do governo angolano no processo que consideram racial e colonialista

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Advogados Walfredo Warde e Rafael Valim, manifestaram durante uma entrevista à TV Zimbo esta quarta-feira, 29, que o governo português tem violado sistematicamente os direitos humanos do empresário Álvaro Sobrinho, um cidadão angolano e sugerem que o governo angolano venha intervir no processo por se tratar de um cidadão que sofre perseguição por ser negro.


Por Isidro Kangandjo

“Na medida em que por 13 anos tem sido investigado sem que se o faça a chegar a uma conclusão, ou o Estado que faz a investigação é muito incompetente ou não pretende que a investigação chegue ao fim”, disse Walfredo Warde.

O Advogado disse haver evidências de discriminação uma vez que outros acusados no mesmo processo e de pele branca, não foram submetidos aos mesmo tratamento. “Não tiveram a medida de coação, não tiveram apreendidos os seus passaportes, nem tão investigados há 13 anos. O caso do meu cliente é referido no sistema de justiça português “O CASO DO PRETO”.

Rafael Valim, o outro Advogado do empresário angolano, avançou que depois da queixa que se deu entrada na União Europeia, “estamos muito confiantes num pronunciamento favorável da corte a favor de Álvaro Sobrinho porque as violações contra o nosso cliente são grosseiras e o processo que demos entrada ao Tribunal Europeu tratamos temas de racismo e colonialismo”.

Advogados denunciam racismo e consideram que a retenção do passaporte angolano é uma violação à soberania de Angola, por essa razão pedem a intervenção do governo angolano para entender e encontrar soluções entre países soberanos.  

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