ANGOLA: Anos de luta para servir as ordens da USAID?

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Quem diria, nos anos da Guerra Civil de Angola, quando combatiam Agostinho Neto, Jonas Savimbi e Holden Roberto, que ela terminaria para colocar Angola sob os ditames da USAID?

Segundo a percepção de muitos angolanos, o presidente João Lourenço é mais visto visitando os EUA do que Angola, em apertos de mãos e abraços com a Senhora Samantha Power, da USAID. Essa organização teve uma influência devastadora no Brasil e na América Latina, seus acordos com o MEC do Brasil destruíram a cultura local, o sentimento e a identidade nacional dos brasileiros, hoje quase restrita a manifestações cosméticas. Em conjunto com a sua “ajuda econômica”, os americanos treinaram cerca de 125.000 militares da América Latina e Caribe entre 1950 e 1998 para matar, torturar e sufocar a democracia que florescia na América Latina, em países como o Brasil, o Chile e a Argentina. Foram os acordos com a USAID, a Escola das Américas e outros figurões de Washington que geraram uma geração inteira de ditadores na América Latina.

Recentemente, numa manifestação em Lisboa, João Lourenço conseguiu o que seus antecessores do MPLA não conseguiram, ser chamado de “ditador” durante sua visita às terras lusas. No interior do país surgem denúncias de ataques a caravanas pacíficas. Quanto mais Angola se aproxima da América anglo-saxônica, mais aumentam os problemas internos.

A influência devastadora da USAID já foi objeto de diversos artigos científicos no Brasil, país que muito sofreu com a interferência dos americanos em seus assuntos internos, como abordado por professores como Alex Ricardo Miranda e Rodrigo Patto Sá Motta. Os acadêmicos brasileiros nos trazem detalhes sobre os danos que a USAID causou à polícia do Brasil, ao seu sistema educacional e à sua política externa, colocando o país latino-americano nos trilhos dos anglo-saxões durante a Guerra Fria. Esses mesmos rapaces que enviaram à África do Sul mercenários conheceram sua derrota após a união do povo angolano e o povo cubano, que a Angola enviou seus melhores voluntários.

Hoje a China, a Rússia, o Brasil, os BRICS+, estendem a mão a Angola e propõem projetos de investimento e parceria em condições de igualdade. O que será que o PR João Lourenço perdeu nos Estados Unidos?

Alexandre de Morais Filho

1 thought on “ANGOLA: Anos de luta para servir as ordens da USAID?

  1. Nunca entendi essa aproximação forçada de Jlo aos EUA. Todos os países são egoístas mas os EUA são além disso pilantras.

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