JLO abre livro das oportunidades a empresários chineses com objectivo de fazer de Angola a mais industrializada de África

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O Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, dirigiu-se, hoje, 16, ao Fórum Empresarial China-Angola, que se realiza no âmbito da visita de Estado para o aprofundamento e consolidação dos laços de amizade e de cooperação entre os dois países e nações, durante o qual, apresentou o livro das oportunidades aos empresários chineses com objectivo de fazer de Angola a mais industrializada de África. O fórum foi testemunhado pelas altas Entidades dos Governos da China e de Angola, Empresários e Investidores chineses.


Por Isidro Kangandjo

“Pretendemos atrair investidores chineses que tragam à nossa economia não só capital financeiro e tecnologia avançada, mas que tragam também “know-how”, para permitir aumentar a eficiência na produção interna de bens e de serviços. Contamos com os investidores chineses que nos ajudem a diversificar a nossa economia, aumentando a oferta interna de bens e de serviços com o selo “Feito em Angola”, que contribua para o aumento significativo dos bens de exportação e contribua para o aumento substancial da oferta de postos de trabalho, que reduza a taxa de desemprego existente”, disse o Presidente da República, João Lourenço.

O Chefe de Estado disse, ainda, que Angola melhorou no quadro regulatório sobre o investimento privado, sobre a concorrência e combate aos monopólios e corrupção, bem como foi possível organizar o sistema financeiro em linha com as melhores práticas internacionais, removendo, assim, muitos obstáculos ao investimento e garantindo maior protecção aos investidores estrangeiros.

Lourenço fez saber que Angola dispõe de condições naturais privilegiadas que lhe permitem potenciar o crescimento económico e a geração de valor acrescentado. Para o efeito, no âmbito da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023- 2027, foram eleitos  como sectores prioritários a Agricultura, a Energia e Águas, a Indústria transformadora, as Pescas, o Turismo, a Saúde, a Educação, a Logística e Infra-estruturas de apoio, bem como o domínio da digitalização, para promover o capital humano e o aumento da capacidade dos meios de produção em Angola, tendo em vista o alcance da segurança alimentar e a satisfação de outras necessidades básicas com vista a garantir o bem-estar da população.

Com a dinamização do Corredor do Lobito, JLO pretende ver investidores chineses a investir na produção de bens alimentares, de cereais e grãos, de açúcar, na pecuária, nas pescas, na indústria farmacêutica de produção de medicamentos e de vacinas, na indústria de produção de baterias para o fabrico de automóveis de propulsão eléctrica, na produção de painéis fotovoltaicos para a produção de energia solar, no turismo e em outros sectores da economia que sejam do seu interesse.

A refinaria do Lobito que terá associada uma importante indústria de petroquímica fez ecos no discurso do Presidente Lourenço em que convida empresários chineses a investir neste projecto como accionistas desde a fase de construção. “Convidamos igualmente os empresários chineses a investir em fábricas de produção de medicamentos e de vacinas certificadas, cujo principal cliente será o Estado angolano, para alimentar o sistema nacional de saúde cuja rede de hospitais públicos vem crescendo de forma significativa todos os anos”.

O Governo de Angola tem disponível um conjunto de empresas e activos públicos que estão num processo de privatização total ou parcial, incluindo activos do sector petrolífero, da banca e seguros, das telecomunicações, grandes fazendas agrícolas e importantes indústrias. Neste sentido, Lourenço aproveitou a oportunidade para convidar os investidores e empresários chineses a participar dos concursos internacionais que habilitam à aquisição destes bens, que se configuram em grandes oportunidades de investimento.

“Reitero o convite aos empresários chineses a abraçar as enormes oportunidades de negócios que o nosso país oferece e, assim, poderem disfrutar do ambiente de estabilidade e segurança prevalecente em Angola. Queremos que cooperem connosco no processo de transformar Angola num país próspero e moderno, capaz de proporcionar ao seu povo as melhores condições de vida”.

De informar que a cooperação entre os dois povos e países é fruto de uma amizade longa que perdura há mais de 40 anos e assenta nos princípios do respeito mútuo, da cordialidade e numa complementariedade económica, em que a China representa um dos mais importantes destinos do nosso principal produto de exportação, o petróleo, e um grande exportador de muitos dos bens e serviços que apoiam o desenvolvimento económico e social de Angola.

Para reforçar a cooperação, em Dezembro de 2023, os dois países assinaram o Acordo para a Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos (APPRI), instrumento jurídico que visa promover uma maior cooperação económica, estimular o fluxo de capitais e o desenvolvimento económico, além de garantir um quadro estável e transparente para o investimento entre Angola e a China.

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