Consultora Britânica diz Angola consegue pagar dividas até 2027 sem pedir mais ´kilapi´

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A consultora Oxford Economics considerou, hoje, que a manutenção do ‘rating’ de Angola pela agência de notação financeira Standard & Poor’s sublinha a capacidade de Angola servir a dívida nos próximos três anos sem financiamento externo.


REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

“Os comentários dos peritos da S&P sobre o facto de o governo estar ativamente a gerir os pagamentos de dívida nos próximos anos mostram que pensam que o país tem recursos suficientes para pagar as elevadas prestações e maturidades nos próximos três anos, desde que não existam choques adversos”, lê-se num comentário à manutenção do ‘rating’ de Angola no nível B-, citado pela LUSA.

Para os analistas da Oxford Economics, “há suficientes desenvolvimentos positivos para sugerir que a produção petrolífera vai conseguir uma recuperação ligeira em 2024, num contexto em que o robusto crescimento do setor não petrolífero deve ser mantido”, o que, concluem, torna provável que Angola consiga servir a sua dívida sem ter de recorrer a financiamento externo adicional.

A S&P nota que quase metade (48%) dos pagamentos de dívida externa neste e no próximo ano serão feitos à China, através de pagamentos com petróleo como colateral, “e por isso uma considerável parte das receitas petrolíferas do Governo vão continuar adjudicadas aos pagamentos a credores chineses, o que pesa ainda mais na flexibilidade orçamental”.

Os pagamentos totais de dívida comercial vão chegar aos 4,4 mil milhões de dólares este ano (4.000 milhões de euros), dos quais 800 milhões de dólares (742 milhões de euros) dizem respeito a títulos de dívida comercial emitidos em moeda externa (Eurobonds), mas aumentam para 5,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) em 2025, dos quais 1,66 mil milhões de dólares, cerca de 1,54 mil milhões de euros, dizem respeito a Eurobonds.

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