Falta de transparência leva pessoas com deficiência duvidar do relatório do relatório apresentado pelo Kwenda
O relatório apresentado hoje pelo Fernando Cristóvão, assistente do Fundo de Apoio Social (FAZ), Organização tutelada pelo Estado que gere os dinheiro do Kwenda, mereceu críticas porque, no entender de pessoas com deficiência o relatório é falso se comparar com as reclamações que vêm dos municípios que foram contemplados pelo programa.
Por Afonso Eduardo
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Quais são os métodos ou mecanismo que vocês usaram para se apresentar este relatório? Não acreditamos que o número apresentado pelo Kwenda em apoio às pessoas com deficiência seja real. Não acreditamos”, disse Odeth Vicente que entende ser necessário o governo angolano repensar melhor o nome Kwenda para que seja implementado Subsídio de desemprego ou subsídio de pessoas com deficiência no sentido de se evitar a fuga dos pobres e de pessoas com deficiência para outros países.
A grande preocupação dos convidados, por sinal o público alvo deste encontro, lamentaram o facto do Kwenda beneficiar apenas dois Municípios em Luanda deixando à sorte os restantes. “Não podemos ser julgados pela zona em que vivemos mas sim pelas dificuldades que atravessamos. Identifiquem os necessitados em todos os Municípios do país porque as dificuldades são conjunturais”, alertaram.
Durante as respostas, Fernando Cristóvão disse que o Kwenda está a trabalhar com os dados do SENSO populacional de 2014. “Não deveríamos estar muito preocupados com o número de pessoas beneficiadas e, aos poucos, muita gente vai se beneficiar. O que fizemos é localizar municípios mais pobres e dentro destes municípios se identifica comunas pobres e bairros pobres dentro da comuna”, disse.
Para Luanda, apesar de vários municípios passar por dificuldades, Fernando Cristóvão avança que a Pobreza agravante está registada apenas nos dois municípios que são Quissama e Icolo e Bengo. “Estamos a fazer a nossa parte de acordo as políticas traçadas pelo executivo e o FAS apenas executa de acordo as orientações dos ministérios e órgãos responsáveis, disse Fernando Cristóvão.
O relatório avança que desde a entrada em funcionamento do Kwenda, 9420 pessoas com deficiência tiveram uma intervenção directa, 28210 pessoas cadastradas em menos de 90 Municípios e, neste número apenas 3920 pessoas foram beneficiadas.