Número de mortes nas cadeias em Luanda preocupa funcionários e presos

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informações chegadas pelos funcionários da Comarca Central de Luanda, Viana e hospital Prisão São Paulo, deram a conhecer ao Factos Diários que nos, desde o mes de junho a taxa de mortalidade aumentou consideravelmente nestas cadeias onde a tuberculose, malária e diarreia aguda tem sido o motivo de mortes.


Por Isidro Kangandjo

Na comarca de Viana, um alto funcionário revelou que durante a semana, a comarca regista entre 15 a 25 mortos e alguns vão para o hospital de tutela já morto. Na CCL afirmação vem de um ex-recluso que saiu há uma semana tendo afirmado que para os serviços penitenciários um recluso morto é um ganho e menos despesas.

“Não há assistência médica e se há chega muito tarde. As pessoas passam a noite no chão durante anos e, como consequência, apanhamos tuberculose e outras doenças crônicas. Eu que falo também sai doente e dou graças a Deus porque os familiares enviavam sempre medicamentos”, disse Vicente Venturas que acrescenta que quase todos os dias, ao apanhar o sol das 15 horas as informações que circulam são as mortes de outros reclusos nas casernas.

“Mesmo nós aqui no hospital Prisão São Paulo não temos condições para acomodar doentes porque os recursos humanos e os meios de trabalho são insuficientes e, como resultado não conseguimos infelizmente de atender a demanda dos reclusos que na sua maioria vêm graves”, disse a fonte.

A fonte daquela unidade hospitalar preferiu não avançar o número de mortos por se tratar de uma questão confidencial mas reconhece que é preocupante mas já é do conhecimento do órgão de tutela. O técnico acrescentou por um lado que o excesso de lotação nas cadeias e prévia diagnosticação de doença de cada preso tem ajudado negativamente na proliferação de outras doenças.

A outra grande preocupação tem que ver com o número de reclusos detidos há 8 meses e outros 2 dois anos mas não conhecem a sua sentença por nunca serem ouvidos pelo nenhum juiz.

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