Funcionários denunciam Ministro das MINTTICS de estar dividido entre a “incompetência e o roubo”

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O colectivo dos Trabalhadores da Angola Telecom, fizeram chegar uma nota este sábado, 07, de estar envolvido supostamente no esquema de enriquecimento ilícito resultante dos fundos da Angola Telecom e a Movicel.


Por redação do Factos Diários

De acordo com a nota, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, no mês de Setembro, indagou e recebeu explicações da UNITEL sobre as constantes falhas na rede de voz e dados, infelizmente não quer saber sequer e nem resolver os problemas maiores que enfrentam a Angola Telecom e a Movicel em que o Estado também é accionista, existe também o caso dos repetidores de sinal para a comunicação social que se encontram a maior parte deles avariados e necessitam de substituição.

Com 889 trabalhadores em todo o país, dos quais 500 estão concentrados em Luanda, e outros em situação de convalescença e outros em processo de reforma, os trabalhadores para além da melhoria das condições de trabalho e outros direitos, exigem o aumento do salário base na ordem dos 50 por cento, mudança do pagamento do subsídio de alimentação de mil por dia para cinco mil kwanzas, disponibilidade do seguro de saúde, entre outras. 

Trabalhadores acrescentam que por causa deste desprezo da parte do Ministro Mário Oliveira, responsável máximo, alguns trabalhadores estão a morar na rua, outros adoentados, muitos deles sem os filhos a estudarem, porque os salários são magros que nem sequer conseguem suprir o básico para as suas famílias, o mais grave, não recebem as indemnizações, reformas e os subsídios a que têm direito, uma realidade que também se vive na Movicel.

Angola Telecom é a concessionária, a maior detentora das redes de fibra óptica e das infraestruturas de telecomunicações de Angola, vende inclusive os serviços para todas as operadoras no mercado de telefonia móvel (UNITEL, Movicel e Africell), empresas de telecomunicações e fornecedoras de serviços de dados e internet, inclusive até a  TvCabo, para além dos seus próprios produtos de telefonia e dados, também é accionista em várias outras empresas, tais como a Angola Cables, onde investiu mais de 100 milhões de dólares para a sua constituição e a implementação dos cabos submarinos de comunicações.

“Por incrível que pareça, a Angola Telecom não apresenta lucro nenhum durante estes anos todos e só piorou já com o mandato do Ministro Mário Oliveira, desde a altura em era ainda Secretário de Estado das Telecomunicações”, lê-se.

Os funcionários alegam que Mário Oliveira sempre teve na Angola Telecom e na Movicel o seu saco Azul, onde “come sozinho”, os sindicalistas já abordaram várias vezes o PCA da Angola Telecom que também é o PCA da Movicel o Eng. Adilson dos Santos (que infelizmente não decide nada sem autorização do Ministro), no sentido de fazer corredores para que fossem recebidos pelo Ministro Mário Oliveira ou até mesmo ouvidos pelo INACOM, como órgão regulador das telecomunicações em Angola, porém o Ministro nega-se a recebê-los e não permite que o INACOM também o faça.

“Arrogante e prepotente, diz que não tem que satisfazer as reivindicações e nem receber sequer dos trabalhadores, que isto não vai dar em nada, porque ele foi vizinho, é sobrinho e amigo pessoal do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço e de toda sua família”, lê-se.

“Assim sendo nós os trabalhadores entendemos que somente nos resta escrever e reivindicar os nossos direitos diretamente ao Presidente da República e ao Presidente do MPLA, para que tenha conhecimento não só das nossas reivindicações, mas também das roubalheiras de que são alvo a Angola Telecom e a Movicel feitas pelo Ministro Mário Oliveira”, rematou.

sem gravar a entrevista por falta da orientação, um dos membros da equipa de assessoria do Ministro, minimiza as acusações ligadas ao desvio de fundos das empresas tuteladas pelo Ministério, porém reconhece as dificuldades que os funcionários da operadora atravessa mas está garantido o diálogo num futuro não muito distante.

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