VIANA: Famílias desalojadas há 31 anos prometem sair às ruas

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As mais de trezentas famílias desalojadas, que vivem em casas de chapas, no centro de refugiados da zona 10, em Viana, em consequência das guerras, prometem realizar uma manifestação, nos próximos dias, devido a morosidade que se regista no processo de realojamento, conforme havia garantido o Executivo.


Por Joaquim Paulo

Trata-se das famílias provenientes das províncias do Bengo, Bié e Huambo, que vivem há mais de 30 anos no centro de refugiados, localizado na zona 10, no município de Viana, num edifício que, segundo os moradores, está prestes a desabar por conta de algumas fissuras que apresenta.

“Estamos aqui desde 1992 e estamos cansados de viver aqui com as crianças, sem casas de banho, fazemos as necessidades no saco, e sobre doenças, já não se fala”, foi basicamente nesses termos que um ancião de 70 anos, exposto à situação de refugiado, começou a manifestar o seu descontentamento, tendo, mais adiante, sublinhado que ‘colocam’ o saco de fezes no mesmo lugar reservado para dormir.

Maior parte das famílias que lá estão, têm no agregado, menores, idosos e mulheres grávidas que, vezes sem contas, dormem no chão, como discorreram numa entrevista, recentemente. Pelo que, ‘clamam’ para que a Administração de Viana e outros órgãos de direito do Estado para que estanquem a situação.

Por outra, as famílias abandonaram, esta quinta-feira, o edifício. Em causa está o medo de que a qualquer momento o prédio pode vir a desabar e causar vítimas mortais.

O coordenador do bairro onde residem estas famílias, Domingos César, conta que várias vezes já apresentaram esta preocupação, mas que, até agora, não são tidos, nem achados.

Domingos César referiu ainda que, recentemente, esteve reunido com o administrador local, Demétrio Sepúlveda, no seu gabinete, onde colocou esta preocupação e seguidamente o administrador terá prometido que, dentro de dias, viria a dar uma solução, coisa que não acontece há largas semanas.

Vale ressaltar que, as famílias elegeram o dia 15 de Outubro para sairem às ruas.

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