UNITA preocupada com golpes de estado em África e sugere diálogo e debates como soluções

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A UNITA juntou hoje, 26, em Luanda, diferentes autores da sociedade, por ocasião da comemoração dos 42 anos em alusão o dia internacional da paz, para analisar sobre a paz, segurança e desenvolvimento em Angola. “Construir a paz faz parte da cultura diplomática da UNITA”.


Por Isidro Kangandjo

Segundo Embaixador João Bernardo Kanda, Secretário da Presidência da UNITA para Organizações Multilaterais e Políticas de Paz e Segurança, durante abertura da conferência Internacional, o diplomata fez saber que actual conjuntura geopolítica em África deixa muito preocupado e, como patriota, a UNITA, está interessada em prevenir o nosso país nos conflitos de vária ordem que aflige o planeta de forma particular a África.

“Esta prevenção de conflito só é possível através de diálogo e debates, sabendo que o debate é a melhor forma de oportunidade na construção da busca da verdade no espaço público. Olhando no que acontece no nosso continente, entendemos que os angolanos de modo particular os jovens, deveriam acreditar que vale apenas nos prevenirmos das causas de conflitos que combatemos as consequências dos mesmos”, disse.

O membro da maior força política na oposição, diz não ser normal o mundo encarar a série de golpes de estado no nosso continente como algo normal onde os autores de violação destes princípios democráticos e constitucionais, são recebidos com honras aos seus homólogos e com direito ao uso da palavra em cúpula bastante importante como Assembleia Geral da ONU.

JOÃO KANDA BERNARDO: Follow do alto comissário da ONU para Direitos Humanos e Deputado à Assembleia Nacional

“Em menos de três anos, a África testemunhou sete golpes de estado, só no Mali ouve dois governos derrubados que são em Agosto de 2020 e em Maio de 2021. Guiné aconteceu em Setembro de 2021, Sudão em Outubro de 2021, Burkina Faso em Janeiro de 2022, Níger e Gabão em Agosto de 2023. Estes factos, no ponto de vista do desenvolvimento, provam-nos que os conflitos estão na base do retrocesso do continente, por isso, a UNITA entende que o continente precisa de instituições fortes e sérias para contornar a situação em África particularmente em Angola”, alertou.

De lembrar que a UNITA através do seu Grupo Parlamentar, em julho do ano em curso, votou na Assembleia Nacional a favor da ratificação de Angola as alterações do protocolo relativo ao estatuto do Tribunal Africano de Justiça e dos Direitos Humanos, porque entende que este órgão pode ajudar a apaziguar conflitos de vária ordem inclusive eleitoral que o continente enfrenta.

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