UNITA denuncia ´sequestro´ da CIVICOP pelo serviço de inteligência

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A União Nacional para a Independência Total de Angola-UNITA realizou, hoje, 05 de Setembro de 2023, em Luanda, uma conferência de imprensa para mostrar o seu descontentamento sobre os procedimentos da Comissão De Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos, que, ao seu entender, anda ao serviço de um Gabinete atrelado ao MPLA.


Por Redacção do Factos Diários

Dentre outras questões, a conferência dirigida pelo Presidente daquela força política, Adalberto Costa Júnior, serviu para denunciar e alertar os cidadãos sobre uma suposta ´campanha´ de desinformação levada a cabo pelo partido no poder, fugindo, assim, do seu objetivo imediato, que é promover a reconciliação, a pacificação dos espíritos, a entrega formal de documentação por parte das instituições do Estado aos familiares das vítimas.

No seu discurso, Adalberto Costa Júnior afirmou que o MPLA e o seu governo estão a usar a CIVICOP para ´esquivarem-se´ das suas responsabilidades, especialmente aos massacres do 27 de Maio, da Sexta feira sangrenta, do conflito étnico pós eleitoral de 1992. “É nesta perspectiva que a UNITA rejeita instrumentalidades que minam os propósitos da CIVICOP e condena o sequestro da televisão pública pelos serviços de inteligência do regime do MPLA”, palavras do Presidente da UNITA.

Por outro lado, a UNITA lamentou o facto de ter se confrontado, nos últimos 10 dias, com imagens divulgadas pela Televisão Pública de Angola-TPA, sobre as buscas de sepulturas de angolanos perecidos nos conflitos políticos, em áreas outrora sob administração da UNITA, mas sem o conhecimento prévio das famílias e dos representantes da UNITA na mesma comissão, o que, segundo o seu Presidente, fere a metodologia de trabalho desta instituição, o espírito de reconciliação e as leis que regem o seu funcionamento.

Ao terminar a sua intervenção, ACJ condenou a exibição pública de ossadas, que entende ser condenável e um acto de profanação. “Vive-se um golpe de teatro, o coordenador foi substituído pelo chefe dos serviços de inteligência, que usa, abusivamente, o nome da CIVICOP. Urge repor a legalidade, devolver ao Ministro da Justiça as suas responsabilidades de Coordenador da CIVICOP”, disse o Presente do ´Galo negro´.

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