Hospitais de Angola negam doação de sangue dos militantes da UNITA
A UNITA, a maior força política na oposição em Angola, tem vindo a reclamar desde o ano passado das restrições das acções sociais sobretudo nos hospitais de referência do país que, todos os dias necessita do sangue para salvar vidas.
Por Isidro Kangandjo
…
O mês passado, um grupo de mulheres ligadas à Liga da Mulher Angolana-LIMA, braço feminino da UNITA na província do Bengo, levaram vários bens de primeira necessidade assim como a intenção de doação de sangue no Hospital Geral da província porém foram rejeitados.
Dos vários casos que chegaram ao Factos Diários estão as províncias do Huambo, Benguela, Huíla e com maior frequência à província de Luanda.
Em Luanda, concretamente no município de Cazenga, a direção do Hospital da Samague reiterou a doação de Sangue por se tratar de militantes da UNITA. De acordo com Jeremias Mahula, escolheram aquela unidade sanitária por conta das várias reclamações dos técnicos de saúde e dos familiares dos utentes.
INSTITUTO NACIONAL DE SANGUE PRECISAM DE MAIS SANGUE
A Directora do INS, Deodeth Machado disse há um ano, no quadro das comemorações do Dia Mundial do Dador de Sangue, realçou, por exemplo, que só a província de Luanda, capital do país, consome, diariamente, mais de 300 unidades do produto.
Directora do INS avançou que a sua instituição recebe diariamente 80 ou 85 unidades que têm sido disponibilizadas, maioritariamente, por dadores familiares, longe da meta indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende que pelo menos um por cento da população de um país deva ser dador voluntário.
Os apelos que têm apresentado, tem chegado em várias organizações políticas, entidades religiosas e membros da sociedade civil, porém segundo à UNITA, existe um impedimento ou um mal que não quer libertar a vontade de quem realmente precisa do sangue.
A responsável do INS informou que o país tem, actualmente, um total de 16.650 dadores de sangue, sendo dez mil familiares, correspondendo 83%, e 6.650 voluntários.
