Paulo Pombolo e outros camaradas levam Isaías Calunga à corrida isolada à presidência do CNJ
Por Afonso Eduardo
Várias figuras são apontadas como sendo principais destruidores da democratização no congresso que visa eleger o futuro representante da juventude em Angola ou simplesmente, CNJ. Entre os apontados, constam os nomes de Tomás Bicas, administrador do Distrito Urbano do Sambizanga. De acordo com as informações que o Factos Diários teve acesso, Tomás Bicas é apontado como figura que supostamente corrompeu ou está a corromper outras associações juvenis e conselhos provinciais no sentido de votarem ao Isaías Calunga conforme avança o testemunho de duas associações que por enquanto preferimos reservar.
Paulo Pombolo, secretário-geral do MPLA, Jorge Inocêncio Dombolo secretário para organização e mobilização do MPLA, Anabela Alberto dos Santos Dinis, Directora do Gabinete para a Cidadania do BP e Nuno Carnaval, Secretário do Estado das Telecomunicações, TI e Comunicação Social, de acordo com a fonte, estes estão a efectuar a campanha dentro do Partido-Estado e partidos da oposição, distribuindo documentos para que os seus representantes as organizações solicitadas votem ao Isaías Calunga com a promessa de receberem residências e valores monetários.
“Estamos diante de um jogo sujo cujo os nossos próprios camaradas estão a contribuir de uma maneira negativa num desafio que seria uma festa inclusiva”, desse um dos membros pertencente à Brigada Jovem de Literatura de Angola.
O Portal Factos Diários, sabe também que o Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, quer ver, a todo custo, Isaías Calunga na liderança do Conselho Nacional de Juventude por ser o homem de confiança do Titular do Poder Executivo.
Depois de tantas dúvidas, o desejo será concretizado e o Isaías Calunga pode concorrer sozinho para não quebrar a doutrina do Conselho Nacional e Juventude.
As informações vindas de pessoas que constituem o corpo directivo de Isaías Calunga, avançam que o presidente do CPJ, o único candidato aprovado para concorrer ao CNJ, tem intimidado os líderes juvenis e associados daquela organização, usando o nome do irmão do Presidente da República de Angola, Cerqueira João Lourenço, Chefe Adjunto da Casa de Segurança da Presidência da República que afirma ter o seu total apoio e que tem o insinuado a insubordinação sucessiva ao CNJ.
Depois de se ter apurado as informações em causa, foi descoberto que, dentro das estratégias, pessoas próximas o Presidente da República, havia orientado Isaías Calunga para no dia 14 de Abril, dia da Juventude angolana realizar uma marcha que visa apoiar os efeitos de João Lourenço onde solicita a presença de 50 mil jovens. O evento não teve lugar por culpa da pandemia que assola o país, mas a mobilização já estava ser feita nas igrejas e nos associados.
A eleição do Presidente do Conselho Nacional de Juventude, está marcada para os dias 27 e 28 de Agosto do presente ano, até ao momento tem apenas um candidato. O trio composto por Mauro Mendes, Agostinho Paulo e Mário Lourenço, o último, sobrinho do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço e do Presidente da Assembleia Nacional Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, foram também afastados.
Tendo em conta as irregularidades apresentadas pela Comissão Eleitoral tais como “a violação do regulamento e do calendário eleitoral e a validação da candidatura de Isaías Calunga antes do prazo estabelecido no calendário eleitoral”, foi realizada na tarde de quinta-feira, 06, uma conferência de imprensa e a entrega formal da reclamação onde os descontentes solicitam a revogação do acto de não a validação da sua candidatura, por ausência de fundamentação de factos e de direito nos termos dos estatutos orgânico do Conselho Nacional de Juventude, CNJ, e do Regulamento Eleitoral.
A nossa equipa de reportagem contactou o DIP Nacional de forma a manter contacto com secretário-geral mas sem sucesso. Já o Tomás Bicas, não atende o telefone há dois dias.