ZAIRE: Fraca investigação do SIC e PGR podem deteriorar medicamentos e materiais petrolíferos

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Mais de 30 camiões da empresa LK Morais, que efectua carregamento de mercadorias das empresas sedeadas em Cabinda assim como meios dos hospitais em orientação do governo provincial de Cabinda, encontram-se apreendidos na província do Zaire, município de Mbanza Kongo por suspeita de contrabando do combustível.


Por Isidro Kangandjo

Bento Malungo disse ao Factos Diários que não são contrabandista, o que acontece é que nós levamos combustível de reserva de Luanda para Cabinda porque, depois da província do Bengo, o Zaire tem sempre problemas de combustível e o que levamos é simplesmente para reabastecer os carros. Infelizmente, como as nossas autoridades não compreendem as nossas justificações achando que estamos a comercializar, decidiram nos reter a cinco dias.

Os camionistas alegam que ninguém foi apanhado com os bidões de combustíveis sempre encheram os estepes que são reservatórios adaptados para facilitar o abastecimento porque, “não podemos ficar atrasados em levar a mercadoria uma vez que as mercadorias que levamos são medicamentos para abastecer nos hospitais de Cabinda e materiais da petrolífera”.

Para chegar a província de Cabinda, os camionistas passam pelo Nóqui, Matadi e Mwanda. Esta rota feita há dez anos,  é pela primeira vez que são retidos.

Alguns camionistas já foram julgados e cobrados de 200 mil há dois milhões de kwanzas, como é o caso do senhor Domingos Francisco André que por Guia de depósito 156/2022, depositou 500 mil kwanzas, na conta do BPC nº: 0161-447511-011, porém, esta factura não teve averbamento do banco.

No dia 22 deste mês, Francisco Gay também foi acusado de contrabando e foi obrigado pagar pelo Tribunal da Comarca de Mbanza Kongo mais de 181 mil kwanzas como pagamento dos custos do processo.

A fraca investigação do Serviço de Investigação Criminal-SIC e da Procuradoria Geral da República-PGR na província do Zaire, pode comprometer o bom estado dos meios transportados pelos camionistas.

Os homens do volante questionam a idoneidade destes órgãos uma vez que, no Zaire, a prioridade tem sido os bidões em detrimento as viaturas e questionam igualmente ausência do combustível nas províncias que fazem fronteira com a RDC.

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