27 DE MAIO: Makuta Nkondo entende que não há reconciliação sem justiça

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Convidado para abordar sobre o triste acontecimento do 27 de Maio de 1977, o político Makuta Nkondo, disse hoje ao Factos Diários que não basta o perdão e a reconciliação sem que se faça a justiça dos autores deste massacre.


Por Isidro Kangandjo

No dia 26 de Maio de 2021,  ao anunciar os resultados da Comissão  Reconciliação em Memória às Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), o Presidente João Lourenço reconheceu que a resposta do Estado ao que considerou tentativa de Golpe de Estado de 1977 foi desproporcional e vitimou, inclusive, inocentes.  O chefe de Estado angolano disse que o momento agora “não é de se apontar dedos”. Volvidos mais de quatro décadas do massacre, o Estado quebra finalmente o silêncio e pede desculpas públicas às vitimas e aos seus familiares.  

“Este pedido público de desculpas e de perdão não se resume a simples palavras, ele reflete o nosso sincero arrependimento e vontade de pôr fim à angustia que ao longo destes anos as famílias carregam consigo por falta de informação sobre destino dado aos seus ente-queridos”.  

Questionado sobre o reconhecido da mais alta entidade do país dos erros e pedido de perdão sobre o sucedido do 27 de Maio, Makuta considera imperdoável por isso, entende o político, “é preciso castigar os assassinos e o carlos Jorge Kajó que foi condecorado muito recentemente, foi condecorado na qualidade de que? Foi condecorado por ter feito alguma coisa pelo país ou pelo partido?”, questionou.

De lembrar que hoje, 27,  comemora-se o 46º anirverário, até ao momento, não se sabe exactamente quantas pessoas morreram durante a repressão do 27 de Maio. Segundo a Amnistia Internacional, 30 mil pessoas poderão ter morrido, porém Fundação 27 de Maio, o número de vítimas poderia estar acima das 60 mil.

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