“21 anos após a morte de Savimbi o país não se democratizou”, Adalberto Costa Júnior

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Para saudar o dia do fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, o Comité Permanente do partido dos “maninhos” realizou, hoje, 21, uma Reunião Ordinária com objectivo de analisar a vida interna do Partido, apreciar os resultados decorrentes da aplicação dos programas daquela força política e projectar acções a desenvolver futuramente, tendo como meta imediata a realização das eleições locais.


Por Joaquim Paulo

“Decorridos 21 anos após a sua morte, o país não se democratizou, apesar das extraordinárias acumulações de capital, capazes de terem servido de alavancas promotoras do desenvolvimento do país, este continua a passar ao lado de uma história de sucesso”, foi basicamente nesses termos que o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, começou a proferir o discurso de abertura do certame, que contou com a presença dos vice-presidentes, Secretário Geral, Membros do Comité Permanente e demais militantes.

Ao tomar a palavra, ACJ começou por sublinhar os feitos do líder fundador do “galo negro”, raciocinando a figura de Jonas Savimbi ao contexto político actual.  “É um dos raros casos e que, apesar de todo o investimento contrário, continuou a inspirar e a influenciar gerações de jovens e não só, que o leem, que o estudam, que o postam e que apesar da imensa intoxicação e propaganda contra si, cresce a multidão dos que o consideram uma inspiração do patriotismo angolano”, lê-se no discurso.

“Angola em paz e vive o pior drama na gestão dos seus recursos, com uma dívida interna e externa astronómicas, a constituírem risco de hipoteca do futuro dos nossos filhos”.

Vinte e um anos após o seu desaparecimento físico, entende que a falta de luz, a falta de água, o desemprego, a pobreza, a exclusão e o subdesenvolvimento em que se encontram ainda hoje milhões de angolanos, não tem Jonas Savimbi como responsável, mas sim um governo incompetente, corrupto e antipatriótico como responsáveis. ACJ lançou um apelo aos partidos políticos e à sociedade civil, em geral, para se levantarem e unirem em torno de um projecto virado para a realização plena de Angola.

PARA O PRESIDENTE DA UNITA, A RECONCILIAÇÃO NACIONAL AINDA É UMA MIRAGEM 

“Para quando o nosso governo nos surpreende com a estátua dos patriotas, dos outros excluídos no 1º de Maio? Para quando, o Estado Angolano nos surpreende e assume uma reconciliação nacional com uma rua Jonas Savimbi nas capitais do nosso País? Para quando? Para quando Holden Roberto, para quando milhares de nomes de patriotas ignorados, que não apenas os dos partidos políticos, para quando? Vinte e um anos depois é assim tão difícil? É essa Angola que sonhamos? É esta democrática que expressa a abertura e a pluralidade? O que é que custa um passo de reconciliação, deste género?”, questões de Adalberto Costa Júnior, ao terminar o seu discurso.

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