Vice-presidente da CASA-CE não concorda com Presidente Miau sobre a criação de núcleos

Sikonda Lulendo Alexandre, Presidente do Partido Nacional de Salvação de Angola, PNSA, Vice-presidente da CASA-CE e Deputado à Assembleia Nacional, falou ao portal “Factos Diários” sobre a saúde política da Coligação e dos partidos coligados.

Por Isidro Kangandjo

O Vice-presidente, começou por dizer que muitos partidos coligados não estão a gerir de forma racional o dinheiro que recebem três em três vindo da CASA-CE. Em termo de mobilização, muitos partidos coligados ficam à sombra da bananeira aproveitando a boleia dos partidos mais fortes revelando os nomes como o PALMA e PNSA, o seu partido.

“Se todos recebemos o mesmo dinheiro para trabalhar no crescimento quantitativo e qualitativo de militantes, há necessidade dos partidos darem o seu máximo para engrandecer a Coligação. O que se nota é que não há uma gestão racional de recursos por parte de alguns partidos coligados e condiciona a mobilização. Os partidos políticos, são responsáveis no engrandecimento da Coligação, por isso, todos somos chamados para trabalhar todos os dias”, disse.  

O dirigente entende que o dinheiro disponibilizado pelos partidos, devem ser usados para o bem comum e não beneficiar pessoas singulares. O Factos Diários sabe que alguns par tidos Coligados na CASA-CE apresentam muitas disparidades no ponto de vista de organização das sedes e divergências no que concerne a gestão do dinheiro como é o caso do PDP-ANA.

“Deste jeito, quer o partido, quer a coligação, não cresce”, disse o entrevistado que reconhece de que o momento não é restruturação da Coligação mas sim de acção tendo em conta os próximos desafios que se avisam.

Presidente da CASA-CE, Gaspar Miau, chama o sistema do presidente cessante que visava ir ao encontro dos cidadãos, sete em sete dias como palhaçada e adoptou o sistema de núcleos que tem como objectivo os militantes mobilizarem um grupo de indivíduos a partir do seu bairro. Procuramos saber do Vice-presidente se concorda com este método, ele respondeu que se trata de uma ideia que não se adequa com a dinâmica política do país.

“O momento é de agir, é de ir ao encontro dos cidadãos e dos militantes e, ouvir as suas preocupações. Não devemos agir apenas na Assembleia Nacional, a CASA-CE precisa sair e manter o contacto permanente com o povo. Não concordo com a constituição de núcleos porque  não se adequa com o contexto político do país, por outro lado, é muito gasto, nem todos os militantes têm o poder financeiro para reunir 10 ou mais membros na sua própria casa e se alimentarem”, afirma o político.

O político está preocupado com o futuro da Coligação, por isso, pede o esforço de todos para que a CASA-CE não conheça momentos cruciais no período eleitoral.

Amanhã prometemos trazer a segunda parte da entrevista com o Dr. Sikonda Lulendo Alexandre onde vai falar sobre o Estado da Nação no período da Covid-19.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »