UNITA aproveita o dia do trabalhador para falar da vida difícil  dos angolanos

Em alusivo o dia do trabalhador, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA fez saber hoje que a má governação e o fracasso dos programas de políticas públicas do regime que governa o País, levaram os angolanos ao estado de indigência. Aquele órgão de decisão do partido maioritário na oposição, considerou de paliativos programas “como PIIM, PAC, PRODESI, KWENDA, e outros, na senda dos fracassados PAPE, PAPAGRO, PAPAROCAS, KIKUYA” e não só.


Por Afonso Eduardo 

 

MENSAGEM DA UNITA

Angolanas e Angolanos, Caros compatriotas:

Comemora-se hoje 1° de Maio o dia internacional do trabalhador, em memória dos históricos acontecimentos de 1886 quando uma greve iniciada em Chicago nos Estados Unidos da América, com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho , de 17 para oito horas, contagiou vários substratos de trabalhadores daquela época.

Aquelas contagiantes manifestações geraram confrontos com agentes policiais, que redundaram em várias prisões e mortes de trabalhadores em Chicago e serviram de inspiração em muitas outras paragens do mundo.

Daquela época aos nossos dias, a classe trabalhadora de todo mundo, incluíndo a de Angola, continua a clamar  por melhores condições de trabalho. Trabalho que dignifique o cidadão e salário condizente com o esforço laboral do trabalhador.

Decorrido o longo tempo que nos separa daquele facto heróico, ainda hoje, no nosso país, os angolanos lutam por adquirir um trabalho condigno e um salário mínimo que permita, pelo menos, sobreviver perante o elevado custo de vida que o actual sistema  gerou ao longo dos 45 anos  de governação do MPLA, relegando  os cidadãos a mediocridade num país potencialmente rico.

Os destinos colectivos e individuais estão adiados devido a péssima governação que gangrenou o tecido humano em Angola. A corrupção, o nepotismo, a cleptocracia, o amiguismo, o compadrio e a exclusão social destruíram o sonho do angolano  de viver com dignidade na pátria de sua nascença.

A UNITA lamenta, profundamente, que se assista nos dias de hoje angolanos a sobreviver de migalhas que os endinheirados atiram nos contentores de lixo. A má governação e o fracasso dos programas de políticas públicas do regime que governa o País, levaram os angolanos ao estado de indigência. A esperança de vida dos angolanos regrediu e o seu nível de vida tornou-se mais difícil do que antes.

As promessas eleitorais do Presidente da República, quer no âmbito político, económico ou social, em nenhum momento se estão a concretizar à favor dos bolsos dos cidadãos angolanos. O elevado custo de vida, a falta de uma assistência médica e medicamentosa de qualidade, o agravamento de impostos, o assustador nível de desemprego  por causa do encerramento de várias unidades fabris ou comerciais, devido a baixa do preço de petróleo é a característica dominante da governação do Presidente João Lourenço.

A pandemia da Covid-19 somente destapou as fragilidades governativas do  Partido Estado que não soube prever porque Governar é Programar, programar é planificar é organizar e organizar é prever. Prever é saber que o petróleo é um recurso não renovável. Apostar  unicamente nesse recurso como fonte de receita para um País, mais a corrupção sistêmica e endémica que viciou os governantes, levaria o país ao nível em que está relegado hoje.

Não serão os programas paliativos como PIIM, PAC, PRODESI, KWENDA, e outros, na senda dos fracassados PAPE, PAPAGRO, PAPAROCAS, KIKUYA etc, a solução dos problemas do trabalhador angolano depauperado.

Caro trabalhador angolano:

O Estado angolano continua a ser um estado partidarizado onde o trabalhador para ter acesso aos direitos mais elementares, é forçado a ter o cartão do Partido da situação. Essa imposição do regime, colocou de fora quadros de qualidade e valiosos para a reconstrução e para o desenvolvimento sustentável do nosso belo e rico País.

A solução duradoura dos problemas que nos afectam , passa  por uma governação participativa com a colaboração dos próprios munícipes para as questões locais como o fornecimento de energia eléctrica, água potável, a gestão de calamidades naturais como a seca, enxurradas, epidemias ou pandemias.

Só com uma real alternância do poder, os angolanos terão oportunidades iguais, com trabalho igual e salário igual. Só com um Governo Inclusivo e Participativo se poderá imprimir uma governação que salvaguarde e defenda os verdadeiros interesses e anseios de todo o trabalhador angolano.

A UNITA reitera a sua firme determinação para realizar o sonho ancestral dos angolanos, e implementar o projecto de sociedade pelo qual muitos nacionalistas se bateram e muitos, deles com denodo, derramaram o  seu precioso sangue.

A UNITA quer servir a Pátria onde caibam todos os angolanos sem exclusão, intolerância e injustiça social. Assim é que a Direcção da UNITA adoptou como lema para o ano de 2021, o Ano da Mobilização dos Patriotas para a Alternância do Poder; porque a UNITA se tornou num baluarte político aberto que unifica várias correntes de pensamento e as congrega em torno de um propósito político tal como é  seu brasão ideológico a UNIÃO NACIONAL.

Com a UNITA, a nossa Pátria saberá, dos escombros construir um país belo, forte e feliz, poderoso e capaz de constituir uma estrela cintilante no firmamento angolano, hoje perturbado para darmos como no passado, lições de  que a vontade dos povos não se pode medir nem com o metro e nem com a balança*. Dr Savimbi.

 

Viva o 1° de Maio

Luanda, 1 de Maio de 2021

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA

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