UÍGE: Administrador de Quimbele acusado de corrupção e nepotismo. Munícipes pedem a sua exoneração

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Está mais que evidente que o Sr. administrador Pedro Cogi Zua, está a consumar uma agenda alheia aos interesses do Estado angolano, do Partido que lhe confiou e do povo de Quimbele que lhe foi confiado para governar.


Certamente o Sr. Zua, nas vestes de administrador municipal de Quimbele, está cumprir uma agenda do círculo familiar e de amizades.

A quando da sua nomeação no ano de 2021, constituiu uma equipa de trabalho composto apenas por  membros de sua família, que designou para as seguintes funções:

Assessor para Área Técnica;

Assessor para Área Social;

Chefe de Gabinete do Administrador;

Adjunto do Gabinete do Administrador;

Secretária;

Motorista;

Ordenança.

Ao longo do tempo, através de concursos públicos, esses familiares ascenderam a postos de efectividade na administração municipal, conforme a lista publicada, e foram substituídos por outros familiares, que em breve ingressarão na administração municipal, como efectivos, através do concurso público de ingresso na função pública, que está em curso.

Esses familiares de Sr. administrador, além de serem funcionários públicos, são também os detentores de empresas privilegiadas em concursos públicos, bem como, na execução de obras e acções no âmbito do programa de combate a fome e a pobreza a nível do município, desse leque de empresas fazem parte também empresas de amigos e de alguns agentes públicos ligados aos órgãos de justiça e inspeção do estado que recebem dinheiros sem necessariamente realizar as tarefas a que se destina, como forma de garantir a impunidade do Sr. Zua.

Os  mapas de execução financeira ao longo dos anos, dizem tudo; em breve publicaremos as cópias dos mapas, assim como, um vídeo-reportagem concernente as obras dos pontecos milionários que ao invés de resolverem o problema de circulação,  condicionaram ainda mais a circulação de veículos motorizados nas vias de Icoca e Kimeofoto; a empresa do  sobrinho do administrador e funcionário da administração local, foi a executora das obras.

As residências protocolares, incluindo o palácio municipal, foram transformados em lugares para acolher a vasta família de Sr administrador.

Além de o Estado pagar a esses familiares, salários na qualidade de funcionários públicos _ o Sr Administrador,  proporciona-os, também espaços públicos para sua acomodação.

Relativamente aos concursos públicos para prestação de serviços no hospital municipal de Quimbele, vive-se um clima de crispação entre o director geral do hospital e a dupla, Zua & Cunjika ( administrador municipal & director administrativo do hospital), porque o director geral, não concordou de todo a exclusão das empresas locais, de filhos de Quimbele, visto que algumas oferecem  vantagens, são residentes e reunem condições de infraestruturas, equipamentos, pessoal,  possuem campos de hortícolas e capacidade financeira; por exemplo, temos o caso de uma empresa local com sede no Quimbele, dona de uma unidade hoteleira de referência no município, possuí boas instalações, tem equipamentos, pessoal e capacidade financeira, o proprietário reside no município, concorreu para prestação de serviços de confecção de alimentos, mas como a dupla Zua & Canjica, é alérgica aos natos, preferiram sacrificar mais uma vez o conteúdo local; o mesmo aconteceu com uma outra empresa local de filho de Quimbele que concorreu para prestação de serviços de limpeza e higiene, que apesar de possuir capacidades e condições técnicas, foi piamente excluída.

As empresas as quais foram atribuídos os contratos de prestação de serviços, vindas de fora, estão ligadas aos seus interesses, tanto que, os seus representantes que se fizeram presente no acto de abertura das propostas foram hospedados um dia antes na residência de Sr administrador, não obstante existir no município unidades hoteleiras.

Todos subterfúgios que o Sr Zua procura arranjar para justificar as suas injustiças, não terão êxito, porquanto tudo que ele tem feito está a vista de todos.

Para constatação in loco, qualquer um pode consultar o quadro do pessoal da administração local, lá estão bem patentes os nomes dos seus parentes e os cargos que os mesmos ocupam e em breve esse número vai crescer.

Visitam os  pontecos dos rios Mafua que custou 33 milhões de Kuanzas e Massenga e Lucula, que custaram mais de 20 milhões de Kuanzas cada, os pontecos da via de Kimofoto orçados em mais de 17 milhões de Kuanzas.

Visitam o posto médico e a escola, nos bairros Kimuxiquita e Quijoão, respectivamente, supostamente reabilitados há mais de um ano e que se encontram fechadas até hoje; 

Visitam o hospital municipal, para aferir a qualidade e a quantidade de alimentação que é servida aos doentes e técnicos de saúde;

Se informam também sobre o salário que auferem os funcionários locais contratados por essas empresas; apesar do risco de contaminação, o pessoal de higiene e limpeza, bem como o de segurança do recinto hospitalar, recebem  apenas 25 mil kwanzas, e em muitos casos com  atraso de 3 a 6 meses.

A pobreza é tanta no município, por causa da situação de miséria severa a que está acometida o povo, as pessoas sujeitam-se a tamanha humilhação.

O Estado paga bem a essas empresas, não se justifica o mísero salário que eles oferecem aos seus funcionários.

O Senhor Administrador que devia actuar como primeiro garante dos direitos do cidadão, está mergulhado em esquemas de mixa, ele está consciente de que se exigir que as empresas aumentam o salário do pessoal, a mixa vai diminuir. Por isso são todas estratégias bem concebidas para maltratar e humilhar este povo.

O Sr. administrador, o Sr. Cunjika e as empresas aliadas, olham com desdém o martirizado povo de Quimbele, não nutrem o mínimo de simpatia, nem amor para com este povo, são alheios ao seu clamor, o objetivo deles é meramente comercial.

Os doentes, são tidos e tratados como mercadoria. O importante para eles é ” facturar”. Daí a razão de excluir as empresas locais dos filhos de Quimbele na prestação de serviços no hospital, para não se descobrir as suas acções maléficas, porque os natos não aceitariam pactuar com injustiças contra o seus próprios irmãos.

O panorâmico da vila de Quimbele, sede municipal, é triste e desolador, os nossos amigos que visitam o município, muitos deles vem de diferentes municípios do Uíge, ironicamente gozam connosco, a querer saber se quando é que a guerra terminou no vosso município, porque volvidos 22 anos de paz efectiva, o município continua apresentar uma imagem de 2002, ou ainda pior.

Nessa altura, o Sr administrador, está abraços, com realização das festas do município que deveriam ocorrer no período de 15 a 22 Julho, o povo grita pela realização das festas, que nunca mais aconteceram desde que o Sr Zua assumiu a Administração municipal, por sua vez esse alega atrasos na alocação de verbas pelo governo provincial;

 Sr administrador, aonde que estão os teus parceiros, que podiam lhe valer neste momento difícil, aonde está a empresa do seu filho, que recebeu mais de 30 milhões de Kuanzas para substituir os tubos do sistema de água do bairro Quibocolo, aonde estão as empresas dos teus sobrinhos que faturam com as reabilitações precoces de escolas e postos médicos, aonde está a empresa do teu sobrinho que facturou mais de 80 milhões de Kuanzas, com a construção de pontecos, aonde estão as empresas parceiras que prestam serviços no hospital municipal de Quimbele e recebem do Estado, cada, mais de 5 milhões de Kuanzas/mês.

Seria esse o momento que os parceiros deviam aparecer, para colmatar o vazio.

Outro elemento interessante, é o facto de o município estar privado de verbas do PLAAF ( Plano Local de Apoio à Agricultura Familiar) desde janeiro de 2023; são passados quase dois anos, não se conhece até hoje o destino dessas verbas que chegam ao município todos os meses, num montante superior a 5 milhões de Kuanzas.

No seguimento do seu plano de ódio e humilhação aos filhos de Quimbele, com beneplácito dos seus cúmplices e sob pretextos maliciosamente infundados, gizou uma estratégia de afastamento de quadros seniores da administração, naturais de Quimbele, que constituíam barreira para realizar os seus saques:

Exonerou o director Geral do hospital municipal, médico cirurgião, filho de Quimbele, nascido na comuna do Cuango, profissional competente e humanista;

No seu lugar propôs a nomeação de um outro médico, natural de Maquela do Zombo, sendo que no cargo de director administrativo do hospital, deixado por um filho de Quimbele que passou à reforma, propôs a nomeação de um seu familiar, um sujeito desumano, arrogante, e pessoa de sua plena confiança na gestão dos receitas financeiras alocadas ao hospital;

Exonerou o administrador adjunto para área financeira, um competente engenheiro informático, filho de Quimbele nascido no bairro Quimalungo;

No seu lugar propôs a nomeação do seu sobrinho, que depois de alguns meses de trabalho, alertado das consequências, em colaboração com os seus cúmplices, o sobrinho foi transferido para o município do Uíge, onde actualmente desempenha as mesmas funções, deixando o município de Quimbele sem administrador adjunto, até a presente data.

Exonerou o director municipal de saúde, médico, filho de Quimbele nascido na comuna do Cuango;

No seu lugar propôs a nomeação de um velho amigo, natural do município dos Buengas;

Apesar de ser nomeado sob sua proposta, o actual director geral do hospital municipal de Quimbele, não pactua com as injustiças da dupla, Zua & Canjica, o que tem gerado frequentemente crispação entre as partes.

Algumas perguntas  no fundo de tudo isso que não se calam:

Será que o Sr. governador da província, não tem conhecimento das gritantes injustiças e crimes cometidos pelo seu representante no município de Quimbele?

O que terá feito o Sr. Zua de tão relevante e esplêndido, em prol da Pátria e dos angolanos para merecer esse prémio?

Quem protege o Sr. administrador Zua, ao ponto de cometer as injustiças e crimes com arrogância, humilhação e ostentação, sem temer a ninguém, nem a lei.

Por que razão os filhos de Quimbele a distintos níveis, mesmo sabendo que o Sr. administrador Zua, tem conduzido uma gestão exclusora, predadora e retrocedente do município, ninguém o questiona e ninguém faz  nada para o parar?

Concluindo, inequivocamente, o Quimbele está sequestrado por grupo de indivíduos  malfeitores e sem escrúpulo. É urgente a união de esforços para o regaste do município.

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