ONU reconhece o conflito em Cabinda e pede a calma

Depois de mais de quatro décadas de luta liderada pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, FLEC, é reconhecida formalmente a existência da força como grupo armado ou rebelde em Cabinda. Entretanto, Angola intensifica a pressão sobre a resistência armada. O reconhecimento do conflito está a animar debates sobre a dinâmica coerente para uma resolução pacífica do diferendo entre Cabinda e Luanda.

O reconhecimento foi tornado público, no primeiro de Maio do presente ano, pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. De acordo com ABC News, 16 grupos armados responderam positivamente ao apelo do chefe da ONU por um cessar-fogo global para combater a pandemia de coronavírus.

Ao desenvolver o “lead” da notícia, na imprensa internacional destacou a localização dos grupos armados mencionados por António Guterres tais como: Iémen, Mianmar, Ucrânia, Filipinas, Colômbia, Angola, Líbia, Senegal, Sudão, Síria, Indonésia e Nagorno-Karabakh. E o grupo armado ou rebelde em Angola vem identificado no documento tornado público pelo Secretário-Geral da ONU como Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).

O reconhecimento do conflito em Cabinda surge na sequência do apelo de António Guterres a um “cessar-fogo global imediato” em todos os conflitos para preservar a vida de civis perante a “fúria” da pandemia da Covid-19.

As Forças Armadas Angolanas (FAA) retomaram as hostilidades no dia 4 de Junho do corrente, violando deste modo um cessar-fogo aplaudido pela ONU. Nestes últimos 12 dias, há registo de confrontos entre as FAA e as Forças da FLEC em várias localidades de Cabinda, em especial nas áreas do Massabi e Inhuca tendo registado perto de sete mortos das FAA em apenas esse mês, avança o Movimento independentista de Cabinda (MIC) 

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