LUANDA: Crianças praticam Prostituição de sobrevivência

A crise financeira e com o acréscimo da Pandemia Covid-19 que assola o nosso país desde Março último, o “lema quem não tem cão caça como gato” ganhou autoridade e muitos fazem para sobreviver. Várias crianças das vilas municipais com maior realce no centro da cidade, Luanda, dedicam-se em mendigar e ficam concentrados nos semáforos e nas principais paragens de maior aglomerado de pessoas e viaturas com um propósito, lutar pela sobrevivência, porém, essas actividades são orientados pelos pais.


Por Isidro Kangandjo

Enquanto os meninos engraxam sapatos, zungam kissangua e bolos, as meninas são orientadas a prestar outros serviços com o propósito de trazer o pão à mesa dos pais.

Na passada segunda-feira, 02, o Factos Diários recebeu uma denúncia vindo do município de Cacuaco bairro do Cale e outras duas vieram do bairro dos pescadores. A senhora Imaculada Joaquim é vizinha de duas senhoras no bairro cale que supostamente tem orientado as suas filhas a praticarem a prostituição na vila de Cacuaco para sustentar outros irmãos e a mãe.

A dona Imaculada conta que várias vezes os vizinhos repreenderam-na e esta terá apresentado resistência uma vez leva às crianças a essa prática para sobreviverem. A fonte, avançou também que a outra senhora saiu no bairro junto com as filhas e, neste momento, se encontra em algures do município.

No bairro dos pescadores a situação é a mesma. A fonte não aceitou se identificar mas reconhece que os pais têm investidos nos vestuários e bom perfumes para as filhas atraírem clientes. O maior problema é que as atrizes dessas novelas são menores de idade entre 13, 14 e 16 anos, a fonte conta que existe duas famílias que se dedicam a essa prática.

“É uma vergonha mas é a realidade. O bairro dos pescadores está mal. São as mães que orientam as filhas para fazerem vidas porque em casa não tem nada de comer e o pai às vezes não sustenta os filhos”, disse a fonte que acrescenta por outro lado que a maioria dessas famílias são destruturadas.

Os mais velhos são os que mais procuram os serviços das ditas “mangas de 10 ou catorzinhas”, as meninas cobram 2000 kwanzas por rond e as outras com o corpo menos atraentes rondam entre 800 a 1000 kwanzas.

Através das nossas correspondências, foi possível apurar essa realidade na chicala, Ilha de Luanda e nos Zangos. Esta prática acontece sobretudo nas zonas de maior índice de pobreza.

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