Funcionários do Jornal de Angola denunciam enriquecimento ilícito e enquadramento ilegal de trabalhadores

Em apenas quatro meses de trabalho, o administrador financeiro do Jornal de Angola e o PCA, são apontados de fazer vida cara aos trabalhadores e apropriar-se dos bens da empresa. Segundo a fonte que falava ao Factos Diários, com dinheiro da empresa, o PCA e o financeiro compraram supostamente Land Cruiser de 90 milhões de Kwanzas e enquadraram muitos funcionários por via ilegal.


Por Redação do Factos Diários

Segundo uma mensagem enviada ao FD, os trabalhadores da área técnica, reuniram com os responsáveis esta quarta-feira, 9, para deixar tudo claro sobre os problemas que apoquentam aqueles trabalhadores. Ao reivindicar a falta de transporte de recolha, o PCA Drumond Jaime terá respondido que “a empresa não tem dinheiro e nem tem a obrigação para comprar carros para trabalhadores”.

“Sentimo-nos humilhados porque um jovem, entre os mais de 10 que eles admitiram há cerca de dois meses, sem concurso público  e nem a anuência do Conselho da Administração, lhe foi atribuído uma viatura nova Yundai I 20, quando técnicos   e jornalistas com cargos de chefia e com mais de 20 anos de casa, não lhes é dado sequer uma motorizada”, desabafaram.

Os funcionários avançam que o pessoal foi recentemente admitido, violaram todos os procedimentos para admissão de trabalhadores, a maior preocupação é que os mesmos ganham mais do que os impressores, informáticos, paginadores e até alguns jornalistas que estão dia e noite na rua.

“Quando na reunião tocamos neste assunto, o PCA respondeu que eles são técnicos qualificados, no entanto, ninguém conhece o curriculum deles nem o que fazem exactamente na empresa. São, na verdade, seus familiares, como fez a administradora para a publicidade, que também aliou-se aos dois para desfalcar a empresa, colocou na sua área, há uma semana, uma irmã. O que registamos é que todos os meses eles enquadram novos funcionários”, revelaram.

 

INDÍCIOS DE SUBFACTURAÇÃO NO JORNAL DE ANGOLA

 

Segundo os funcionários que tiveram a coragem de denunciar, afirmam que a empresa está financeiramente de rasto, porque, segundo contam, o PCA, por capricho, deixou de imprimir os jornais na impressora da empresa preferindo dívidas elevadas na gráfica Damer. Os denunciantes avançam que os bebedores estão avariados, WC degradados e, para piorar não se  imprime documentos há muito tempo  porque,  segundo os responsáveis, a empresa não  tem dinheiro.

A justificação do PCA do Jornal de Angola assim como do financeiro, não convencem a equipa técnica da empresa e avançam que paradoxalmente, aumentaram a folha de salário com a admissão de consultores, auditores, fiscais, secretarias e mais funcionários para a área financeira, onde afastaram trabalhadores antigos “com objectivo de poderem desviar verbas sem rasto”.

“Não nos admira a arrogância do PCA nem do financeiro, já que durante uma reunião, o PCA chegou mesmo a dizer, que quem estiver descontente pode até queixa-lo na Presidência, que nada o vai acontecer, mostrando ser muito poderoso. É por isso que humilha todos até administradores”, disseram.

Os funcionários afirmam que o assunto já é do conhecimento do Sindicato de jornalistas Angolanos e do ministério de tutela e garantiram interceder junto do próprio PCA.

Para o cruzamento da informação, a nossa equipa de reportagem contou por via telefone o PCA, enviamos mensagens quando eram 12:12 e 12:25 minutos infelizmente não respondeu.

 

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