Fome leva centena de luandenses aos contentores de lixo

Angola ganhou a sua independência há 45 anos e 18 anos de paz, porém, a fome é uma situação que continua a assolar os angolanos num país coberto de recursos minerais. Nos últimos tempos, centena de Luandenses entre os quais crianças, adolescentes e adultos, acorrem todas as manhãs nos contentores de lixo a procura alimentação, metais e plásticos para pesar.


Por Redacção do Factos Diários

A nossa equipa de reportagem fez uma ronda nesta urbe de Luanda para constatar de in loco, como estão os citadinos, nos últimos momentos da pandemia que está assolar o mundo e Angola não foge a regra, consegue-se ver os adultos e crianças nos contentores de lixo para matar a fome.

Maria Lopes, disse que ficam sempre nos contentores na procura de latas, ferros, garrafas, para comercializar nos locais de venda para conseguir o pão das crianças porque, segundo conta, não tem como sobreviver por causa do desemprego do seu marido, por isso, madruga para recolher resíduos nas zonas urbanas com maior realce nas centralidades.

“ Nós não trabalhamos, por isso que estamos a recolher as garrafas, latas e plásticos e, caso encontramos comida que ainda dá para comer, levamos para a casa. Eu sou mãe de seis filhos e com o marido que se encontra no desemprego a vida está mais complicada,” disse.

Para o pequeno Jó de 12 de anos e o seu irmão que não precisamos avançar o nome, acrescentou que têm os contentores e lixeiras um espaço para encontrar o sustento uma vez que os país estão em condições precárias.

“O dinheiro que ganhamos entregamos aos nossos progenitores para poderem fazer refeição. Algumas vezes encontramos cães e gatos mortos, mas se encontramos restas de alimentação que dá para comer, nos alimentamos para matar a fome,” disse.

O fluxo de Luandenses nos contentores de lixo, cria ciúme aos dementes e uma vergonha ao executivo de João Lourenço. A maioria dos senhores e senhoras que recolhem os bidões nos contentores de lixo, são pais desempregado e fazem o possível de sustentar os filhos por essa via. “Várias vezes nos vestimos de “malucos” para que as pessoas nos olhem como pessoas anormais”, disse o senhor Paulo residente no Cazenga.

Algumas senhoras, preferem levar os filhos nas artérias da cidade de Luanda pedido esmola. O exercício não tem sido fácil porque algumas vezes levam apenas 700 Kwanzas para a casa conforme conta a senhora Ana.

Resolver os problemas do povo e apostar no desenvolvimento humano deve ser urgente para o bem da nação.

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