Convido o General Furtado falar publicamente das suas origens  

ISIDRO KANGANDJO

Director do Portal Factos Diários

OPINIÃO

 


 

Quero começar dizendo que não sou contra as escolhas do Presidente da República e o seu elenco, pelo contrário, enquanto cidadão apoio de forma incondicional as mudanças que visam melhorar a segurança nacional e do bem-estar social de todos os angolanos.

A minha inquietação poderá ser de tantos outros que, por razões alheias não tiveram a coragem de questionar. Durante um bom tempo, venho efectuando pesquisas sobre as origens do homem que já foi Guarda-costas do saudoso António Agostinho Neto, me refiro do General Francisco Pereira Furtado, Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.

Apesar do General ter desempenhado mais de 13 cargos e receber pelo menos cinco medalhas, nenhum documento na internet conseguiu de registar as suas origens nem mesmo Wikipédia. O exemplo está na Bibliografia elaborada pela presidência da República e na Angop onde registamos apenas a idade e o histórico de guerrilha.

Será que, Vossas Excelências, é proibido colocar os dados verdadeiros de um homem que vai cuidar da segurança da casa do Presidente da República? Porque razão os Ministros, Governadores e outros políticos de destaque têm registos bibliográficos mencionando as suas províncias e comunas? Será que os dados que dão conta ter chegado em Angola de forma misteriosa é verdadeira? Se sim, porque razão não ganha a coragem de vir ao público contar a verdade?

Claro que os nossos governantes já nos acostumaram não dar satisfação aos cidadãos, mas acredito que estamos num novo governo e numa governação de proximidade com os cidadãos e, em nome da verdade e honestidade, convido o General Furtado falar das suas origens.

Numa visita que o General Francisco Pereira Furtado efectuou no Parlamento de Cabo Verde em 2016, recebido na altura por Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, os noticiários revelaram que o General Furtado é “filho de pais Cabo-verdianos naturais de Santiago e Santo Antão”. Já em Angola, pessoas amigas e conhecidos do General, apontam ter nascido no Dondo e outros afirmam que nasceu em Luanda município do Rangel, porém desconhecem as origens reais dos progenitores que se encontram nos segredos dos deuses.

O povo precisa saber o tipo do Governante que é depositado a confiança de assumir a Casa de Segurança do Presidente da República, o povo precisa saber se a pessoa em causa teve ou não intenção de concorrer ao cargo de Presidente da República em Cabo Verde, o povo precisa saber se é ou não verdade sobre os milhões de dólares que o General supostamente enviou ou tentou enviar na terra dos seus pais (talvez dele também), o povo precisa simplesmente de um esclarecimento, Vossa Excelência.

Reconheço o empenho e o sacrifício que deu pelo país desde Setembro de 1974, é certo que muito dos nossos pais não tiveram a coragem de fazer aquilo que o senhor fiz pelas forças armadas do MPLA e nas Forças Armadas Angolanas. O que solicito é a verdade porque, “o bom filho à casa torna” e nós não queremos passar por essa vergonha.

Com todo o respeito, em nome da pátria, peço ao general um esclarecimento público. Qualquer justificação aceitaremos desde que venha com a verdade.

MUITO OBRIGADO

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