CAMBAMBE: Funcionários acusados de vender aos Malianos produtos que visam acudir famílias sinistradas

As inundações que aconteceram no dia 14 de Maio deste ano no município de Cambambe, província do Kwanza-Norte, que resultou no desalojamento de 1000 famílias em Cacesse, zona 2, mereceu a onda de solidariedade de várias instituições políticas, social e religiosas.


Por Isidro Kangandjo

Ocorrido pouco menos de um mês, o Factos Diários recebeu informações que dão conta do desvio da cesta básica, roupas usadas, chapa de zinco e varões por parte dos supostos funcionários da administração de Cambambe deixando os destinatários sem nada para comer ou vestir.

Os activistas do município, afirmam que um dos comerciantes de nacionalidade maliano, terá comprado nas mãos dos indivíduos que desviaram os produtos uma mercadoria avaliado em 1.648.000,00 de kwanzas. Apesar do assunto ser do domínio das autoridades locais, até agora não há esclarecimento e nem responsabilização dos prevaricadores.

Polícia carregando alimentação desviada

“Encontraram nas cantinas e residências de algumas pessoas que por sinal são funcionários da administração municipal a alimentação e outros meios destinados às famílias sinistradas e  tudo indica que querem abafar o caso. Fizemos as denúncias e a polícia conseguiu reter alguns bens, infelizmente não há responsabilização criminal”, avançou o activista.

Tendo em conta a morosidade na resolução, no dia 07 deste mês, os activistas enviaram um documento para à Administração Municipal de Cambambe para um esclarecimento por escrito, porém recusaram responder na mesma proporção.

Quantidade da cesta básica por cada família

Numa luta de igualdade e no sentido patriótico em solidariedade das vítimas, está marcada para este sábado, 12, uma manifestação de modos a pressionar para que os implicados sejam responsabilizados.

Por causa do desvio dos bens, as vítimas são forçados a receberem dois quilos de arroz, um litro de óleo e a metade de sabão, porém, ainda existe muitos que não receberam e estão ao relento e a passar em condições desumana.

Ainda este mês, a viatura da Polícia Nacional se dedicou na recolha dos bens desviados e depositados nas residências de algumas individualidades e cantinas  dos comerciantes estrangeiros.

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