ANGOLA: Muçulmanos em estado de guerra

Um grupo de aproximadamente 10 elementos ligados à Igreja do Islão, contactaram recentemente a direcção do Factos Diários com intuito de denunciar gestão danosa e intriga interno que vem condicionando a legalização da religião embora há muitas mesquitas em funcionamento.


Por Isidro Kangandjo

Senhor Victor Shekó, que professa numa das mesquitas do Palanca sobre controlo de Zola Mateta e líder da ala CISA, fez saber que não tem havido gestão transparência nos valores de Ramadã que tem como objectivo de ajudar pessoas desfavorecidas dentro e fora das mesquitas. Para ele, o suposto desvio de fundo acontece por estes não conhecerem profundamente a importância das ofertas em referência.

Uma outra que se identificou pelo nome de Ana, também angolana, fez saber que o conflito entre as duas lideranças, mormente a COIA liderada por Hummar Altino com a sede no Distrito Urbano do Hoji-Ya-Henda e CISA liderada por Zola Mateta com a sede no Palanca, tem condicionado a legalização do Islão em Angola. “Essa guerra entre os dois irmãos tem a ver com interesse financeiro, eles não pensam em união, não escutam nem se quer o INAR que sempre ficou de braços abertos para nos legalizar”, disse a senhora Ana, Muçulmana há mais de 16 anos.

Por falta de uma gestão transparente, os membros defendem uma autonomia para que em Angola o Islão esteja liderado por angolanos genuínos e que os valores arrecadados sejam geridos de forma racional para minimizar a fome nas mesquitas e ajudar o governo a mitigar a fome das populações desfavorecidas.

Para o cruzamento de informação, por falta de contactos de pessoas envolvidas direitamente no processo, a nossa equipa de reportagem contactou o docente do Islão em Angola Hassan Luís Vaz Salvador, falando ao FD, reconheceu que existe divisão perpetrado por duas lideranças, mas desconhece o desvio de fundos por falta de provas.

“Quando os dois elefantes lutam, o que sofre são os capins, na nossa realidade Islâmica aqui em Angola, a luta pelo poder entre a CISA e a COIA, vem condicionado o processo de legalização da nossa denominação, porque, achamos nós que com o Islão legalizado estaríamos a construir vários investimentos em benefício da comunidade. Quanto o desvio dos recursos arrecadados no Ramadã para ajudar pessoas desfavorecidas, infelizmente não tenho e tudo está ser feito para existir uma transparência possível”, disse.

Hassan, concluiu pedindo aos dois líderes uma união conforme as recomendações do Islão estampado no Alcorão.

Sobre o Islão não é tudo, na próxima editação, traremos a grande entrevista com Hassan Luís Salvador, o fuzileiro que nasceu professando o Islão.

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2 thoughts on “ANGOLA: Muçulmanos em estado de guerra

  1. Bom dia meus camaradas, irmãos, ouvintes e leitores.

    A noticias da separação das lideranças islâmicas em Angola, tornada publica nesta edicao, está mal contada e mal veiculada.

    Vos passo esclarecimento mais próxima da realidade. A CISA foi constituída em 2007 a convite de Sua Excelência o então presidente da Republica de Angola, o sr. Jose Eduardo dos Santos. Foram extintas as organizações islâmicas no Pais que são CISLANG, COIA, CRIA, XIIA e CACM para constituir uma unica lideranca.

    Todos e por unanimidade aderiram ao projecto e assinaram o convenio e todos assinaram.o livro de tomada de posse, que hoje chamamos da Comunidade Islamica de Angola- CISA.

    Por ambição desmedida dos irmãos da extinta COIA em reformular esta organização e remeter processo no INAR como uma comissão instaladora de uma confissão religiosa que eu trato de crime e ao olhar silenciosa do INAR.

    O actual director geral do INAR não terá argumento plausível em defender a entrada do processo da COIA no INAR enquanto os Estatutos e Regulamentos do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos-INAR não permite a inscrição de uma confissão religiosa que é o produto de desmembramento e ainda com a mesma denominação.

    Por outro lado, Sheikh Altino Miguel era o vice presidente da CISA, hoje líder da extinta COIA, que pretende falar da união das duas liderancas, mesmo criança em idade escolar pode sentenciar este assunto dando condenação ao Sheikh Altino.

    Ao desmembrar da CISA, a COIA não fez nenhuma assembleia com a agenda única de desmembramento da organização. A COIA se fez esta assembleia, a CISA não tem conhecimento do facto nem o próprio INAR se tem este documento.

    A incompetência dos sucedido é da autoria da COIA e INAR.

    Quanto aos outros problemas nesta publicação citados, ao exemplo desvio de alimentos ou fundos, é uma pura mentiras, se na verdade existem, eu como funcionário da CISA não tenho conhecimento.

    Falando e concluindo: o director geral do INAR tem uma batata quente nas suas mãos.
    Propostas de solucso:
    1-Deve o director se basear no regulamento que não lhe permite admitir duas comissões instaladores por se tratar da COIA um produto de desmembramento.
    2.–Credenciar a CISA;
    3-Sheikh Altino deve voltar a ocupar o seu cargo de vice presidente da CISA. E vamos trabalhar juntos e bem.

    Quem estiver contra esta proposta, estará, sem duvida, contra a União dos muculmanos em Angola.

    O mais velho da comunidade
    Antonio Pedro Emous
    +244 923 466 895
    +244 994 742 134

    1. Muito obrigado Ilustre senhor António Pedro pela brilhante mensagem e, durante o mês, poderemos entrar em contacto com o senhor para nos fornecer mais informações em volta do assunto.

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