ANGOLA A CAMINHO DA SEGUNDA GUERRA CIVIL

ISIDRO KANGANDJO

Director do Portal Factos Diários

OPINIÃO

ANGOLA A CAMINHO DA SEGUNDA GUERRA CIVIL

 


 

Nos últimos anos, a juventude dos anos 1990 e 2000, que muito deles, (tal como eu) não viram a guerra que dizimou a vida de muitos nossos parentes pela ganância partidária entre as duas forças políticas envolventes, UNITA e MPLA, acreditam que as principais dificuldades que atravessamos hoje carece de uma intervenção radical e tudo indica que as eleições de 2022 terão o final semelhante a de 1992.

Será que queremos mesmo ser, mais uma vez, o canhão dos políticos com o interesse de alcançar o poder para formar a sua ala privilegiada? Queremos mesmo repetir os mesmos erros da pois independência? Queremos ser mais patriotas ou mais fanáticos partidários? Queremos aceitar agitação dos jovens angolanos residentes no ocidente para que quando acordar rebentar ele ficar a sorrir de nós? Que tal sermos inteligentes a aplicar alternância de forma pacífica?

Eu também sinto dor, tenho medo do meu futuro se os nossos dirigentes não inverter o quadro actual do país, mas não aceito que as mudanças carecem de uma violência semelhante dos anos 90 até 2002.

Essa juventude que passa o tempo a procura de oportunidades de empregos assim como de empreendedorismo, acreditam que o partido-Estado que sustentou os nossos pais, perdeu actualidade e não vai de acordo com aquilo que são as expectativas da juventude que, por sinal, está repartida em ilhas por culpa dos próprios políticos.

A nossa geração, entende que o Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, acabou de selecionar uma equipa com percentagem elevada de incompetentes que, como seus representantes nos ministérios, nas províncias e municípios, os seus feitos não se repercutem na vida dos cidadãos. Por essa razão e olhando na alegada fraude eleitoral, a geração dos anos 90 e 2000 querem o 2022 como sendo o fim dos problemas através de uma alternância política.

Com o medo de perder a única oportunidade prevista já para o próximo ano, ainda vimos os jovens dos partidos na oposição e jovens da sociedade civil (na sua maioria residentes fora do país) a incentivar violências até mesmo golpe para se atingir o poder e ter Adalberto Costa Júnior Presidente da UNITA como líder da nação.

Nas redes sociais, a máquina está preparada e muitos militantes de outras forças políticas já vêm sofrendo ameaças apelando que quando o maior partido na oposição ganhar, os opositores terão de sair do país.

  Nos últimos dias, depois das peças das novelas antigas de apresentar os militantes da UNITA a denegrir a imagem do líder do Galo Negro, as promessas de violências, soam num olhar silêncio dos líderes na oposição e do Governo Angolano e, aos poucos, a mensagem de desestabilizar o país para breve, está sendo transmitida de forma gradual.

Os jovens que juntos interagimos enquanto jovem, garantem que nas próximas campanhas eleitorais, os jornalistas da TPA, TV Zimbo, RNA e Jornal de Angola, poderão ser os primeiros a serem agredidos por jovens militantes e não só, por causa do suposto péssimo serviço que prestam para o povo.

A juventude partidarizada e uma sociedade civil envenenada por políticos, poderá servir como uma máquina de caos e todos tememos a intervenção das forças da ordem. As eleições de 2022, poderá conhecer momentos cruciais para a desestabilização do país por um tempo indeterminado.

A juventude Angolana perdeu a esperança de vida por causa do sistema de divisionismo e partidarização juvenil que, por essas razões, encontramos a mesma camada, mas com oportunidades diferentes, encontramos a geração do país discriminado porque, em muitos casos é preciso ter o tráfico de influência porque já existe um Staff bem montado que nega receber outros jovens.

A desigualdade, a falta do emprego, a fome, falta de saúde e educação assim como o desejo de ver o fim do MPLA, são alguns dos vários motivos que levam os jovens a preferir uma guerra civil caso os camaradas não aceitarem a derrota em 2022.

Aqui solicito um apelo aos senhores políticos e agentes influentes da juventude que é necessário sensibilizar mais os jovens e efectuar uma transição pacífica, porque, quando esse país voltar a queimar, o povo que está nos últimos suspiros por causa da fome, poderão morrer e os doentes que estão nos hospitais poderão morrer uma vez que os técnicos se preocuparão na sua segurança e da sua família, teremos uma economia mais morta e veremos o ocidente a ficar mais rico.

É o momento de todos líderes juvenis trabalharem na moralização social da juventude uma vez que os problemas já estão diagnosticados e falta apenas executar. A juventude, quer se sentir jovem com a esperança de um dia vencer os seus desejos. Nós, a juventude, precisamos apenas de atenção e de políticas concretas para sermos reativados.

“VAMOS TODOS LUTAR POR UMA ANGOLA MELHOR APLICANDO A NOSSA INTELIGÊNCIA E NÃO FORÇAS E ÓDIO”, Isidro Kangandjo

 

1 thought on “ANGOLA A CAMINHO DA SEGUNDA GUERRA CIVIL

  1. Como vão os angolanos responder aos enormes problemas nacionais que exigem inteligência se estão antropológicamente associados a indigência intelectual a mediocridade existencial e em muitos aspectos mesmo civilizacional?

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